quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Ponto final. Boa Sorte!

Se dissesse que não, estaria a mentir.
Estaria a mentir se dissesse que não vou sentir a tua falta, que a importância que tens na minha vida é muito menor do que já foi. É por já ter sido o que foi que, agora, a sinto mais.
É agora que te vais embora que sinto que a nossa história, que nunca foi nossa, mas mais minha do que tua, vai acabar.
É agora que te vais embora que me sinto tal e qual personagem de um filme de televisão que vemos ao fim de semana à tarde ou de um romance que lemos durante as férias de verão: eu fico e fico com a nossa história e tu vais e vais sem levar um pedaço de mim. E pensar que em alguns destes filmes que vemos na televisão, anos mais tarde, as personagens que outrora se apaixonaram e tiveram de seguir caminhos diferentes se reencontram, se voltam a apaixonar e vivem felizes para sempre... Bullshit! Simplesmente não acredito que isto irá acontecer comigo e contigo, connosco. A nossa história é aquela que acaba aqui, que acaba no dia em que entrares naquele avião e rumares ao sul do planeta Terra. E em mim, ao contrário do que já houve, não há sequer um fio de esperança, a utopia de que, daqui a alguns anos, nos voltaremos a encontrar e, aí, tu me darás o valor e o amor que nunca deste. Não há esperança. Já houve, mas acabou. Acabou tal como a nossa história irá acabar agora.
Se isto fosse um filme de televisão ou um romance, talvez chorasse no fim. Mas na nossa história, na história que é mais minha do que tua, não choro pelo que não aconteceu entre nós. Fico antes feliz pelo que aconteceu cada vez que recordo os momentos da nossa história. Fico grata àquele autocarro de final de tarde, às maravilhas do hi5 e das telecomunicações. Olho para trás, para a nossa história e não consigo esconder o sorriso de orelha a orelha quando a nossa história passa na minha cabeça como um slide show...
Olho para trás e, apesar das vezes que chorei e dos momentos menos bons, as horas e os dias que sorri fazem esconder as lágrimas que rolaram na minha face. Hoje pergunto-me, de novo, quando a nossa história está prestes a ter um fim que tu há muito lhe deste, se gostei de ti. Gostei... e sem sombra de dúvida que estarás para sempre no meu coração, mas é preciso seguir em frente. É preciso voltar um pouco para trás e seguir outro caminho quando vemos que aquele por onde vamos está cortado e não saída possível. Foi o que fiz com a nossa história. De qualquer maneira, marco no meu mapa, com o pin, o caminho que trilhei e que me levou a ti. Marco-o para nunca me esquecer do que nunca será esquecido: que já lá estive, que já estive contigo, que já gostei de ti de um modo que Hoje não consigo precisar e que talvez nunca serei capaz de o fazer...
Por isto tudo agradeço-te por, um dia, teres feito parte da minha vida.
Ponto final.
P.S.: Boa Sorte!