sábado, novembro 28, 2009

Nightdreaming

Às vezes dou por mim a pensar na minha vida, nas minhas decisões e opções até hoje, naquilo que já ganhei e também naquilo que já perdi para ganhar outras coisas. Ganhar ou perder, é assim a vida e a utilização dos verbos depende apenas da nossa posição perante a mesma.
Talvez com esta minha mais recente opção, com esta mais recente escolha de caminho te esteja a perder, mas aquilo que ganhei com a tua presença na minha vida ultrapassa até o facto de, talvez, nunca mais te voltar a tocar, de nunca mais te voltar a beijar, de nunca mais te ver a sorrir perto de mim...Mas mesmo se isso acontecer, tenho a sorte de ter gravado na minha memória e no meu coração todos os momentos que ganhei contigo...

P.S.: Vou ficar à espera, à tua espera...Afinal de contas, foi um "até já"!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Between Bakerloo and Central

There he was, just stading in Tube tunnel with a guitar on his hands and the sound of his voice. And there I was, passing by him with his words coming out of my mouth. At that moment, all the good things came to my mind, a mix of happiness and sadness.
And I just wished you were there with me... someone like you, somebody...

quarta-feira, novembro 11, 2009

Round of applause to the biggest fool in the world. Give him all that you got and they still ride out into the sunset with the next girl.

sexta-feira, novembro 06, 2009

quarta-feira, outubro 21, 2009

quarta-feira, outubro 14, 2009

Raise a Child

Antes de existir um adulto, há uma criança. E se, por vezes, aos adultos é difícil ensinar-lhes certas coisas, a uma criança é ainda mais difícil.

Estes dias tenho-me deparado com as birras da minha sobrinha de 3 anos, ou 4 anos, segundo o que ela diz a toda a gente quando lhe perguntam a idade. Para além de estar na idade dos porquês (why? why? why?) está na idade de adquirir boas maneiras. Ensinar uma criança de 3 anos a dizer Boa Noite às pessoas ou, simplesmente, ensinar-lhe que as coisas não podem ser como ela quer que sejam é difícil. Aliás, muito difícil. Se nem aos pais ela respeita ainda muito, porque também eles estão a tentar dar-se ao respeito, quanto mais a mim…

A semana passada tive de elevar um bocado o volume da minha voz à minha sobrinha, coisa que raramente faço. Depois começou a chorar, porque é extremamente sensível como a Titi dela e chora por tudo e por nada, basta elevarem o volume da voz quando falam para ela. Tive pena dela e de a ver chorar, mas mantive a minha postura até ao fim. Depois, ficou tudo bem. Claro que quis ir fazer queixinhas ao pai dela, como faz queixinhas à mãe quando o pai se zanga com ela, na tentativa desesperada de um salvador, porque ainda acredita que ela e os comportamentos e atitudes que têm são os correctos.

É nestes momentos que tenho a certeza de que não quero ter filhos já e de que as minhas prioridades ainda não passam por dar à luz uma criança e educá-la. É que, parecendo que não, dá algum trabalho. E não estou a falar apenas de ensinar que se deve pedir para fazer xixi ou cócó na casa de banho quando se tem vontade ou de que não se devem atirar as coisas para o chão. Estou a falar daquelas birras que as crianças, como a minha sobrinha, Touro de signo, fazem por lhes estarem a contrariar. Choro, a tender para o grito, mais conhecido por pretend crying cá em casa, durante 4 minutos; intercalados por chamamentos como papi ou mami ;acompanhados de espernear das pernas, pulos no sofá ou imediato contacto com a superfície terrestre; e contactos corporais com outras pessoas que não sejam os seus progenitores.

Bad boys

Yeah the bad boys are always catching my eye

(Ooh Way, Ooh Wah)

I said the bad boys are always spinning my mind

(Ooh Way, Ooh Wah)

Even though I know they're no good for me

It's the risk I take for the chemistry

With the bad boys always catching my eye

(Ooh Way, Ooh Way, Ooh Wah)

Oooooh, bad boys

domingo, outubro 11, 2009

Onde estás? Não sei.
Não sei de ti faz algum tempo. Não sei se vives ou se vais vivendo.
Não sei se andas perdido ou se já te encontraram. Talvez esteja pelas margens do Tejo ou do Douro, no desejo que eu não te encontre. Talvez já te tenham encontrado e andes feliz.
Se tiver de ser, assim o será. Se é o melhor, então que o seja.
Mais dia ou menos dia, talvez vá ter de acabar. Se assim tiver de ser, assim o será.

Obsessed


Ontem vi este filme... Ainda bem que não o fui ver ao cinema até porque não é um filme pelo qual gostaria de pagar uns quantos euros para o ver. De qualquer maneira, cheguei a duas conclusões:
1) Acho que nunca terei por nenhum homem nem sequer 1/3 da obsessão que a personagem da Ali tem pelo Idris
2) Acho que nunca serei tão esposó-dedicada como a personagem da Beyoncé. No entanto, tal como a mesma personagem acho que serei tão ou mais "bad" como ela...
XOXO from L Town

terça-feira, outubro 06, 2009

Crash

A vida é mais do que isto, até porque isto em pouco define a nossa vida. A vida é mais do que aquilo a que estamos habituados a viver, aquilo que estamos habituados a sentir, a olhar. A vida é mais do que este mundo em que, por vezes, fazemos questão de estar. Este mundo, é bem mais fácil até. Já o conhecemos, já sabemos o que esperar dele. Poucas serão as coisas que nos surpreenderão.
Quando nos apaixonamos, por exemplo, abrimos a porta para outro mundo que não o nosso. Às vezes, esquecemos, por completo o nosso mundo e passamos a viver no mundo do outro, ao invés de vivermos com o nosso mundo no mundo do outro.
A colisão dos mundos é inexplicável, principalmente quando cada um vive no seu mundo e anda no seu prório caminho. Mas a verdade é que não é difícil colidirmos com outra pessoa, principalmente quando andamos numa cidade onde quase não conseguimos ver quem está a passar do outro lado da rua. Na realidade, é demasiado fácil a colisão dos corpos, a colisão das almas com aquele olhar que quase não pede para entrar e em que nos sentimos despidos de tudo o que em nós é acessório.
Isto é talvez o que mais gosto nesta cidade: saber que as probabilidades de colidir com outro mundo são muito maiores.

segunda-feira, outubro 05, 2009

Quem disse que é impossível olhar para as pessoas que passam ao nosso lado nas ruas de Londres mentiu...
Eu olho, talvez à procura daquela química dos olhares que sentem os que se atraem mutuamente ou, simplesmente, de um sorriso cúmplice de um total desconhecido...

quinta-feira, outubro 01, 2009

By The Thames

Nao sei se existe um momento em que decidimos o que queremos fazer com a nossa vida, mas concerteza existem muitos momentos em que achamos o que queremos fazer com ela. Entre ontem e hoje esses momentos apareceram na minha vida.
Nao sei se foi dos ares do Tamisa, se da temperatura amena de Londres enquanto as folhas das arvores caem na avenida de Temple a Blackfriars, mas a verdade e que talvez esta viagem tenha servido para algo.
Hoje, quando estava sozinha naquela sala a espera que me chamassem para a entrevista, achei que era doida. Tinha saido do meu pais e tinha vindo para outro, que em nada tinha a ver com o meu, falar uma lingua que em nada e parecida comigo, para uma entrevista para um hospital que nada tem a ver com aqueles onde eu estive e onde as entrevistas nao se assemelhavam, em nada, aquelas que ja tinha tido. Tinha andado quase que perdida dentro daquele hospital, vendo a hora passar e pensando se nao conseguiria encontrar o A.C.E.E.S.S. e se esta viagem a Londres tinha sido em vao. Tinha chegado ontem, dormido apenas 5 horas na noite anteior e nas restantes, carregando uma mala de ombro que continha o meu portatil e, na outra, a mala de 20 kilos que, apesar de tudo, ainda tinha rodinhas. Tinha estado quase que perdida no meio de uma cidade, sem libras e sem dinheiro no telemovel portugues para que me pudessem contactar. Depois de tudo isto, Sim! Talvez seja doida, maluca, o que quiserem chamar. Eu, fico-me pelo corajosa porque e corajoso qualquer um que venha para esta cidade a procura dos seus sonhos e da sua propria gloria...

quarta-feira, setembro 30, 2009

L Town

Talvez com 22 anos seja mais sábia, talvez não. De qualquer maneira, isto não é uma fuga das vicissitudes da vida como resultado de uma possivel sapiência. É apenas uma pequena viagem para quem, talvez, precise de uma. Não para esquecer algumas das vicissitudes da vida porque elas continuam mas, simplesmente, para parar por momentos e me relembrar que tudo se resume a este mundo e a muitos outros, a esta viagem e a muitas outras.
Assusta-me, por momentos, saber que não te poderei falar enquanto lá estiver mas, a verdade é que cá, ou lá, tu e eu nunca vivemos no mesmo país, no mesmo mundo. Já antes tinha dito que começava a estar farta de viajar sempre ao teu encontro, ao invés de seres tu a apanhar um avião e me vires ver. Agora, acho que me fartei ainda mais. Tu não precisas de mim, por isso para quê ficar?
Depois desta viagem, que não é de certo ao teu encontro, logo se vê o que farei com as malas que levo sempre que viajo para junto de ti...

London here I come...


segunda-feira, setembro 14, 2009

domingo, setembro 13, 2009

Presente do Indicativo

NÃO acredito que existem pessoas que não sabem amar. Pelo contrário. Acho que todos nós sabemos, mesmo que seja à nossa própria maneira e acredito que todos nós damos uma importância diferente ao Amor. Não creio que seja certo dizer-se que alguém não sabe amar. Há simplesmente aqueles que amam, aqueles que são amados e aqueles que se deixam amar. E é aqui que reside a diferença, a diferença de se sofrer ou não por amor.

OLHO à minha volta e acredito que algumas pessoas nunca tenham sofrido muito por amor em comparação com outras. Outras, acredito que já sofreram bastante. Não quero com isto dizer que aquele que não tenha sofrido tenha amado menos do que aquele que sofreu bastante. A diferença está na importância que ambos atribuem ao próprio Amor e no modo como o vivem. Há quem não consiga viver sem ele pois ama sempre, incondicionalmente, e há quem viva bem com ou sem, quem se sinta sempre amado e se deixe amar.

AMAR talvez não seja para todos nós, mas o Amor sim, independentemente do tempo que ele demore a chegar. Afinal de contas, todos temos o direito a sentir borboletas dentro da barriga. Todos temos direito de encostar a nossa cabeça e ouvir o bater de um coração que não seja o nosso. Todos temos o direito de sermos invadidos pelo olhar de alguém que nos faz sentir bem. Todos temos direito a um beijo, quer nas noites quentes e frias, quer nos dias de sol ou de chuva. Todos temos direito a um abraço em noite de lua cheia. Todos temos direito a viver plenamente os momentos e a acreditar que nada mais importa para além daquilo.

O Amor é para todos, até mesmo para o maior dos criminosos. A única diferença em Amar, Ser Amado ou Deixar-se Ser Amado está em conjugar o verbo amar no Presente do Indicativo ou nunca conjugá-lo.

domingo, setembro 06, 2009

Um dia, não importa quando, também vai chegar a tua vez...

sábado, agosto 29, 2009

Falta tempo

SEMPRE achei que as lágrimas nunca secassem quando gostamos de alguém e essa pessoa nos deixa, mas descobri que estava errada. As pessoas deixam-nos, as lágrimas rolam mas, mais dia ou menos dia acabam por secar. Já não se chora compulsivamente. Já não caem lágrimas quando, simplesmente, pensamos nessa pessoa.
O Domingos Amaral escreveu um livro que se chama Já ninguém morre de amor e eu acho que é verdade. Morria-se, agora já não se morre. Chora-se, sofre-se, mas a vida segue em frente. Aliás, a vida tem sempre de seguir em frente. Os Homens e as Mulheres de hoje já não perdem tempo com os amores de Hoje que não dão certo, pois sabem que Amanhã há um novo amor que pode espreitar por entre a esquina de uma qualquer rua pela qual se passa, de um qualquer caminho por onde se anda.
DISSE-TE que esperava que me dissesses algo, que simplesmente me dissesses quando e eu ía. Não te falei mais, fora um mero olá que nunca faz mal a ninguém e que, mesmo se não for correspondido, eu sempre achei que relembra ao outro que ainda cá estamos e que ainda nos lembramos. Foi isso que fiz contigo. Tu, nada.
ONTEM fiz um esforço enorme para não me lembrar de ti, para não pensar em ti, fora quando estava na parte detrás de um carro, encostada num ombro amigo, a falar de ti e a percorrer as ruas de Lisboa à procura de um lugar vazio para estacionar o carro no Bairro Alto. Depois, depois tentei esquecer-te e, acho que consegui. Não te procurei pelas ruas do Bairro, não pensei sequer que te poderia encontrar. Como podia se tu foste embora? Se tu viraste costas e disseste que tinhamos de acabar?
Ontem não te procurei, mas também não procurei ninguém porque és tu e a recordação de ti e de nós que ainda preenchem o vazio que sinto nas noites. É a tua existência em mim que me faz sentir a tua falta.
HOJE disseste-me olá e eu não respondi. Não estava. E as lágrimas, por ti, afinal ainda não secaram...Falta tempo.

domingo, agosto 23, 2009

Não te compreendo. Não te compreendo quando me disseste que estavas a trair os teus sentimentos. Perguntás-me se te entendia, se percebia que era melhor pôr um ponto final agora do que mais tarde, mas não, eu não consigo entender. Não consigo compreender. E, por mais que tente, no meu pensamento e no meu coração, nas memórias que guardo de nós, lembro-me das tuas palavras, dos teus gestos. Lembro-me de ti e, não, ainda não consigo compreender, ainda não consigo perceber.

Vou ficar à espera que, como sempre desde o dia em que te conheci, arranjes um pedaço de tempo na tua agenda para mim para nos encontrarmos e falarmos. Sou-te sincera quando digo que me surpreendeste. Mais uma vez, depois de quase meio ano, conseguiste. Surpreendeste-me quando disseste que merecíamos os dois acabar o que existia entre nós numa conversa cara a cara, corpo a corpo. Também concordo. Ainda há muito para eu perceber, nem que para isso tenhas de me magoar mais do que eu já estou magoada. 'Eu sei o que estás a sentir' foi o que me disseste... Será que realmente sabes?

Ainda há muito para eu dizer porque, apesar das maravilhas da internet, ela não é fantástica o suficiente para te fazer compreender o quanto gosto de ti e o quanto mudaste a minha vida desde aquela noite de Outubro. Por isto, vou ficar à espera, à espera que arranjes um espaço para mim, uma espera que eu peço que não demore muito. Afinal, cada tempo tem as suas próprias palavras.

Ver-te, mais uma vez, nem que seja a última, é ter a certeza de que me fazes e farás falta. Ver-te, mais uma vez, é relembrar os momentos que passámos juntos e os quais eu nunca esqueci de viver, de os sentir intensamento e de os recordar, segundo a segundo, quando já não estávamos juntos. Eu sabia que qualquer uma daquelas vezes podia ser a última.

Se isto é um Adeus? Da minha parte nunca o será. É, ao invés desta palavra que eu sempre detestei, um Volto já ou um Até já. E agora? Agora não há lugar para arrependimentos. Aliás, não me arrependo de nada neste quase meio ano. Não me arrependo de ter olhado para ti mais do que uma vez, não me arrependo da nossa troca de olhares naquela noite, não me arrependo de te ter chamado para junto de mim. Não me arrependo de te ter conhecido e de termos ficado aqueles minutos a conversar. Nem sequer me arrependo de me ter de vir embora a seguir e de não estar vestida para matar. Não me arrependo de quando nos voltamos a encontrar em Dezembro, de quando fomos ao café. Não me arrependo de te ter permitido invadir a minha bolha actimel quando te sentaste junto a mim. Não me arrependo das mensagens que te mandei, nem daquelas que não cheguei a mandar (Acho que foram mais as que mandei do que aquelas que deixei por mandar!). De nós, não me arrependo dos gestos, das palavras, do toque. De um modo geral, não me arrependo de nada.
Antes de tu apareceres tinha-me arrependido de muita coisa no meu Passado, mas tinha aprendido com o erro. Não voltaria a cometer o mesmo erro duas vezes, não contigo.
Agora sei que tenho que viver, sobrevivendo. Parte de mim vai contigo e uma parte de ti fica comigo, disso tenho a certeza. O futuro, nenhum de nós o sabe. Talvez os nossos caminhos se encontrem outra vez, nem que seja noutra vida.

E, apesar de tudo, uma coisa é certa, as pessoas aparecem na nossa vida e saem dela por algum motivo. Porque razão apareceste, isso eu já sei.

quarta-feira, agosto 19, 2009

FOI alí que te conheci. Alí, naquele pedaço da Lisboa que quase se debruça sobre o Tejo. Foi alí, onde sexo e drogas são um só que te vi pela primeira vez. Naquele momento em que, na escuridão nocturna cruzámos o olhar jurei ter visto uma luz. Foi a luz de qualquer estrela que reflectiu em ti. Ainda hoje não esqueço. Ainda hoje, não consigo esquecer aquele derradeiro momento em que, trocámos um olhar, a luz te encadeou e tu continuaste em frente. Naquele momento percebi que estaria a deixar escapar uma oportunidade e não pensei. Hoje, sei que não pensei quando aquelas palavras sairam do meu coração. E, aí vieste, voltaste para trás. Saíste do teu caminho e vieste ter comigo, vieste ao meu encontro.

GUARDO, na memória, como se ainda vivesse hoje, os momentos que trocámos palavras naquela rua do Bairro Alto. Eu já era tua depois de me teres dito Olá. Guardo aquele teu olhar que entra pela alma de quem olhas, sem pedir permissão, sem regras. Guardo, ainda hoje, o teu sorriso que, por momentos, faz-nos esquecer tudo o resto que está à nossa volta e nos faz pensar que descobrimos um outro prazer na vida. Tu tens este dom. Tens a capacidade de me fazer esquecer tudo o resto e ficar, apenas, absorta pelo teu olhar, pelo teu sorriso, pelas tuas palavras, pelos teus gestos e pelo teu corpo. Tens a capacidade de me fazer esquecer os meus problemas e de reavivar, entre as profundezas deste meu oceano, o amor que ainda posso sentir por alguém. Tu, tens a capacidade de me fazer sentir feliz.

QUANDO estou contigo nada mais importa para além de nós dois. Tudo o resto são meras coisas, meras coisas materiais. Quando estou contigo preciso de sentir o teu abraço, sentir que estás lá. Preciso dizer-te o quanto significas para mim, a importância que tens na minha vida e, que, sem ti já não sou a mesma pessoa. Quando estou contigo, percorre em mim esta vontade súbita de te pedir para não ires embora, não agora, não já. Dá-me esta vontade de te pedir para ficares comigo, mesmo com os teus defeitos que tu já os consideras feitios.

MAS, depois, depois tu simplesmente desapareces. E eu, eu continuo sempre cá... Até quando?

sexta-feira, agosto 14, 2009

She Zebra

Numa altura de animais, de Savanas e de muito calor, esta noite é noite de encarnar uma Zebra.

The name "zebra" comes from the Old Portuguese word zevra which means "wild ass".

P.S.: Gosto especialmente da parte "Wild Ass" ahahaha

quarta-feira, agosto 12, 2009

domingo, agosto 09, 2009

Raíz do Passado

Ele tem a beleza dos seus altivos anos, a sabedoria de mais de meio século. É, talvez, o homem mais inteligente e sabedor que eu alguma vez conheci e, provavelmente, alguma vez irei conhecer.
Ele é a pessoa que eu conheci ontem, que me viu apenas há quase 22 anos, quando eu ainda vivia na imaginação. Mas, ontem quando o vi caminhar até mim e lhe disse 'avô', ele abriu os braços e eu deixei-me ir. Afinal, parecia que já nos tinhamos conhecido antes.
Ele é a inteligência o seu ponto mais alto, que fala recitando poesia e que recorda os tempos do passado, como se estivesse a contar uma história de amor.
Ele é o homem que guarda num pequeno papel que tem no seu bolso da camisa, juntamente com uma caneta, os números de telefone das pessoas que o visitam. A letra sempre bonita, desde que me lembro de a ver escrita nas cartas, talvez a mesma letra com que escrevia nos medicamentos que receitava às pessoas. Farmacologia como o próprio disse. 'Era enfermeiro e também fazia a parte de farmacologia', por isso tem a capacidade de recitar os princípios activos dos medicamentos e falar de saúde e dos seus termos técnicos como quem conta uma anedota.
Ele era o maior, e acho que continua a sê-lo. O maior por ser enfermeiro e farmacêutico ao mesmo tempo, o maior entre as mulheres, o maior por toda a gente o conhecer, o maior, até mesmo no meu mundo.
Ele é meigo, é atencioso. É um homem que, pelos seus 38 filhos (e cerca de 80 netos) e tantas mulheres, sabe sempre o que nós, mulheres, embora com as nossas particularidades, queremos. Mulherengo? Sim, muito. Ou não fosse ele enraizadamente africano!
- Era verdade que a avó Lídia era uma mulher muito bonita na altura? - perguntei.
- Sim... era muito bonita... - Disse ele, lembrando talvez, aqueles tempos, e guardando, para ele, todas as palavras que poderiam traduzir a beleza da minha avó.
Manual do Sacramento Sousa e Óscar Sacramento Sousa foram os homens que vieram antes dele, filhos da terra, colonizada por Brasileiros, por Angolanos, por Guineenses, por Portugueses, por Ingleses. Filhos da terra onde todos paravam. Filhos do mundo. Tetra e bisavôs paternos.
Ele é o meu avô e, nele, vejo a história do Passado. Vejo a influência Brasileira, vejo a influência Africana, vejo, especialmente a minha raíz São Tomense, a jóia de África do Equador. Nele vejo a história do próprio Continente, a história dos escravos, a história da independência, a história dos amores interculturais. Nele, vejo a minha própria história.
Ele é o meu avô e eu puderia ter ficado alí, a fazer-lhe 1001 perguntas e a ouvi-lo contar as suas histórias. Mas, de tantas perguntas por fazer, poucas eram aquelas que me afluíam ao pensamento. Ele, puderia continuar ali a falar e eu, continuaria e continuarei sempre fascinada com aquele homem que conheci ontem e que se sentou a meu lado.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Menina fantástica

Nos meus 21 anos há quem me considere uma mulher. Outros continuam a chamar-me menina. Os vizinhos, pessoas mais velhas, preferem chamar-me menina. Aliás, para eles, dos seus altivos 80 e 90 anos eu sou exactamente isso: uma menina.
No outro dia aprendi que não só as pessoas mais velhas me gostam de chamar de menina.
Ele chamou-me 'menina', 'menina fantástica', okey, mas 'menina'. Na altura percebi que, para ele, a diferença de 4 anos de idade e o facto de eu ser mais nova estava na razão desse adjectivo - menina. Menina por ser mais nova e, talvez por ser frágil. Menina por ser querida e não parvinha (que me confessou, antes de me dar um beijo no ombro e passar a mão dele pelo meu braço em tom de carinho). Menina ainda, por demorar tempo a despachar-me.
Hoje quando estava a ler o livro do Miguel Sousa Tavares, No teu deserto, percebi o que ele queria dizer quando me chamou menina. É quase como se lhe avivasse o espírito, como se fosse uma fonte de luz e de ar puro. É como se ele me achasse frágil, desamparada e me quisesse abraçar, me quisesse proteger. A 'menina fantástica' é a combinação perfeita da menina-mulher. Menina, pelo que já disse, com o particular acréscimo que é mulher, que sabe sê-lo e que, acima de tudo, sabe como conquistar e prender um homem. A 'menina fantástica' é a Marylin Monroe de outros tempos, com a sua cara de menina, a sua meiguice e ingenuidade num corpo de curvas de mulher.
Afinal, qual é o homem que nunca sonhou com uma Marylin Monroe?

quinta-feira, agosto 06, 2009

segunda-feira, agosto 03, 2009

Um bom amante

O AMOR não é para os Parvos, como dizia o Sr. Manuel Jorge Marmelo. Prefiro antes dizer que o amor é para os amantes, para quem estiver disposto a um compromisso diário, a uma outra profissão a tempo inteiro para além da que já tem, ou até mesmo para quem estiver desempregado. O amor e as relações são isto mesmo: profissões a full-time com contratos a tempo indeterminado. O ordenado ao final do dia, ao final do mês ou ao final de um ano depende daquilo que trabalhámos, do nosso empenho, da nossa vontade em manter aquele emprego.Não temos hora para entrar nem temos hora para sair. Não temos férias nem subsídios destas ou de Natal. Não temos também, direito a feriados.

GOSTO de pensar que o amor é isto. Aliás, quero mesmo pensar e acreditar que assim o é para não cair na monotonia de uma relação onde não acontece nada, no passa nada como dizem os espanhóis, onde não aquece nem arrefece como dizemos nós, Portugueses. Tudo está igual a ontem e será igual amanhã, salvo a excepção de algumas discussões.

A VERDADE é que é preciso ser diferente. É preciso saber marcar a diferença neste nosso emprego, tal como nos outros. Aqui, aplica-se quase o mesmo que se aplicam nos outros: puxar da nossa capacidade criativa para subir de escalão ou ter um aumento monetário.
A criatividade reside, então, onde reside o nosso amor. Ela está nos jogos eróticos que a nossa cabeça tem a capacidade de criar, assim como na capacidade que temos para surpreendermos a pessoa que está ao nosso lado e fazê-la dizer que nos ama. A criatividade está, também, na capacidade que temos em criar e juntar palavras que façam o outro olhar para nós, rir e sorrir.

A CRIATIVIDADE está para o amor como o amor está para os amantes. Um bom amante ou uma boa amante, além das características físicas e psicológicas que satisfazem a outra pessoa tem, também, q.b. de criatividade.

RECEITA para a Tarde/Noite/Madrugada de hoje, de amanhã ou de um outro dia qualquer:

Prepare os ingredientes: quarto com pouca luz e algumas velas. Escreva em 5 ou 6 papéis uma palavra que o caracteriza (ou algo que quer que ele lhe faça). Dispa-se e, antes de ele chegar do trabalho, cubra o seu corpo com um óleo de massagens comestível (comprado numa qualquer Sex Shop) e espalhe pelo seu corpo em locais estratégicos (escuso de dizer quais são. Deixo ao seu critério) os papéis. Depois, dê asas à criatividade que reside em si e deixe-o louco. Não se esqueça de que ele tem de guardar na memória o que acontecer (a avaliação só é feita dias mais tarde!). Boa sorte e seja uma boa amante!

quinta-feira, julho 30, 2009

A palma e a mão

Gastei mais que as palavras
em sonhos que eram teus
e do pó que pisavas fiz estradas e céus
Inventei ventos e ruas fiz-me louco nos teus braços
e das minhas frases nuas no teu corpo escrevi laços
E se partires de manhã deixa a sombra e o chão
esta noite eu e tu somos a Palma e a Mão
E no nome que te dei
tu já tens onde acordar
amanhã eu não sei
quem te vai abraçar
e então voltas do nada
sem pecado ou perdão
esta noite eu e tu somos a Palma e a mão
vem de longe o teu caminho
e em mim faz sempre Verão
esta noite eu e tu somos mais do que a razão
eu sou um mundo sozinho
por isso é fácil dizeres não
volta para mim esta noite para sermos a Palma e a Mão

João Pedro Pais - A palma e a mão

terça-feira, julho 28, 2009

Acordar

Esta noite sonhei que te perdia. Sonhei que apanhavas um avião só de ida para um qualquer lugar onde eu não te podia encontrar. Ías porque estavas farto, porque o plano que tinhas para mim não se coadunava com o plano que eu tinha para ti.
Hoje sonhei que te perdia e que tudo o que até alí tinhamos vivido tinha ficado para trás, numa outra folha de uma página da tua vida, numa outra folha de um dos teus desenhos, nem sequer no baú do teu passado.
Esta noite perdi-te para sempre, pois tu nunca chegaste a voltar. E quando debaixo dos meus lençóis acordei, não te senti. Quando abri os olhos, não te vi. Quando me virei na cama, não estavas lá.
Esta manhã acordei de um sonho em que te tinha perdido quando eu, na realidade, nunca te tive e tu, até agora, nunca estiveste cá.

segunda-feira, julho 27, 2009

Incerteza

Esta noite é mais uma noite. É apenas mais uma noite, mais uma das muitas noites...
Gosto e não gosto.
Acredito e não acredito.
Apetece-me e não me apetece.
Quero e não quero.
Sei e não sei.
Sim ou Não.
Vou ou Fico.
Parto ou arranjo.
Caio ou Levanto-me.
Digo ou não digo.
Choro ou riu.
Faço ou não faço.
Beijo ou não beijo.
Fodo ou não fodo.
Uso ou não uso.
Vejo ou não vejo.
Sinto ou não sinto.
Ouço ou não ouço.
Chamo ou fico calada.
Amo ou odeio.
"Eu sou um mundo sozinho por isso é fácil dizeres não.
Volta para mim esta noite para sermos a palma e a mão."

A fé dos Homens

Nos dias que correm fala-se mais em divórcios do que em casamentos. Os casais separam-se muito mais do que casam e por isso ouvimos dizer que o casamento já não é para toda a vida. Salvam-nos as pessoas mais velhas que, para além de nos mostrarem que o casamento ainda é para toda a vida mostram-nos, também, a paciência que uma mulher tem de ter para aturar um homem durante 40 ou 50 anos.
- 'Filha, tu não cases! Os homens só dão chatices. Se eu soubesse o que sei hoje...'
É a fé que têm em que nós não nos iremos casar. É a sabedoria dos 60 ou dos 70 anos... Depois de terem namorado às escondidas, depois de terem estado enamoradas, depois de se terem casado, depois de terem tido filhos, depois de terem conseguido conciliar o trabalho com a lide doméstica, depois de já serem avós, depois de terem estado, os últimos 40 ou 50 anos, a cozinhar para os maridos para que eles tivessem o comer ao meio-dia em ponto. Graças a Deus que, hoje em dia, as filhas já não são tanto assim e as netas...bem! Essas muito menos o serão!
É verdade que o casamento pode não ser para toda a vida mas é verdade também que ainda há pessoas que se casam. Irmos ao casamento da nossa amiga é reconhecermos a coragem que ela teve para se 'enforcar' ainda mais do que já andava enforcada. Vestidos de noiva, bolos de três e quatro andares com o casalinho no topo, as mesas de doces, de frutas, de entradas... as Quintas onde são as Bodas, as 1001 fotografias que se tiram, o bouquêt que é atirado e as roupas dos pais dos noivos e dos padrinhos e madrinhas! O casamento continua a ser um dia de alegria. Se a alegria se repercute nos anos seguintes, isso já são outras conversas.
O casamento dos outros faz-nos pensar em nós próprios. O momento do 'Pode beijar a noiva' em que olhamos, ou não, para o lado, para o nosso companheiro ou, então, para os outros casais que estão na igreja e que ainda são solteiros. Topa-se à distância, tal e qual momento do Grey's Anatomy season 5.
O casamento faz-me pensar na fé dos Homens. Na fé das pessoas para as relações com o outro, para o compromisso. Faz-me pensar que aquelas pessoas ainda acreditam em amores para toda a vida, apesar de tudo, que ainda acreditam que a pessoa que têm ao lado delas é aquela com quem querem ter filhos e envelhecer. É a fé das relações, talvez a mesma fé que têm para com um Deus, para com alguém que sabem ser superior a eles. É a fé que os faz quererem ser abençoados. E a fé, e a fé move e moverá sempre montanhas!

quinta-feira, julho 23, 2009

Boy or man

Há homens que não são verdadeiramente homens. São homens apenas no sexo (o masculino) pois preferem continuar a ser os eternos rapazes. Há uma grande diferença entre um homem e um rapaz. E se, em inglês, ao contrário da palavra saudade, tudo soa muito melhor (inclusive o i love you ao invés do eu amo-te), esta não é excepção: 'there is a difference between a man and a boy'.
Os homens e os rapazes (man and boys se preferirem) não se distinguem pela idade. Lá por um ter 26 anos, não significa que seja mais homem do que um de 18 ou menos homem do que um de 30 anos. Há quem tenha 30 anos que continue a ser um eterno rapaz e quem tenha 18 anos e seja já um homem feito.
Costuma dizer-se que os homens são de Júpiter e as mulheres de Saturno. Enganam-se. Os homens são de luas (ou direi os rapazes? ou generalizarei e direi o sexo masculino?) e as mulheres da Terra por terem de gramar sempre com o amor que sentem por eles, quer eles estejam por perto quer não saibam nada deles. Mas os homens são homens quando a sua capacidade comunicativa não é ditada por luas, novas ou cheias, quartos-crescentes ou minguantes. Os homens são homens quando não dão a desculpa de que o telemóvel está avariado para que o seu harén de mulheres não os persiga e estrague uma qualquer relação ultra-sensorial, das muitas relações que estabelecem. São homens quando não vêem com marcas de um batôn ou de um perfume que não é o nosso.
Os homens são homens quando se preocupam connosco e não nos vêem como mais um triunfo ou mais uma conquista para adicionarem à sua lista infindável de nomes. Os homens são homens quando nos mandam mensagens a perguntar como estamos, quando nos telefonam, quando não se esquecem que existimos e não se lembram de nós apenas no virar de uma outra lua.
Os homens são homens quando não nos mentem directamente e não se cobrem uns aos outros. São homens quando nos aumentam a auto-estima e nos amam incondicionalmente, de dia e de noite, aos dias de semana e aos fins-de-semana. Quando nos esperam em casa, depois de um dia de trabalho, com o jantar feito e a mesa posta, um beijo à chegada e um copo de vinho, são homens. São homens quando se preocupam connosco...
E, depois disto, ainda acha que o homem que está ao seu lado é um homem? Ou é simplesmente um rapaz que precisa de crescer?

segunda-feira, julho 20, 2009

Só de Ida

No outro dia li que "Há uma hora de partida mesmo quando não há lugar certo para ir..."
Não me lembro quem foi a pessoa que o disse, mas estava certa. Na nossa vida, há alturas e horas em que temos de partir, em que temos de deixar para trás aquilo que sabemos que nos faz sofrer, aquilo que nos consome as 24 horas do dia. Há horas na nossa vida em que temos de dizer adeus às coisas que nos consomem mais lágrimas do que propriamente sorrisos. Há horas da nossa vida em que, por mais que não queiramos, temos de dizer adeus. Somos obrigadas a fazê-lo, pelo nosso bem, pela nossa condição feminina, pela nossa condição humana, pelo respeito que ainda reside em nós próprias. É terrível isto acontecer quando estamos apaixonadas ou quando já estamos de tal modo envoltas naquele embrulho que não nos queremos desprender dele, quando nós, talvez, nunca chegámos a ser uma prenda, pelo menos não para o embrulho.
Há horas da nossa vida em que temos de comprar um bilhete de avião, mas um bilhete só de ida. Um bilhete de ida que nos leve para bem longe de um sítio que é, de todo, o sítio que sempre sonhámos estar. Quantas vezes esperamos até à última hora, até ao último dia, até à hora em que sabemos que o avião está quase a partir para comprarmos o bilhete? Quantas? Tantas... Há sempre aquela esperança, a esperança de que não vamos precisar dele... A esperança, a arma mais potente e também mais mortífera que inventaram com o ser humano.
Há horas da nossa vida em que não temos rumo, não temos lugar certo para ir. Na realidade, só depois de partirmos e de lá estarmos é que sabemos se o lugar para onde vamos é certo. Só depois.
Há horas da nossa vida em que temos de dizer NÃO! BASTA! e SIM! Sim àquilo que não é aquilo que estamos a viver. Por mais que o caminho seja árido, por mais que seja incerto, por mais que nos sintamos sozinhas, por mais que o dia teime em amanhecer...
O amor é quase como um avião num aeroporto. Há alturas que parte e há alturas que chega. Há alturas em que vai cheio e, outras, em que vai quase vazio. Cheios ou vazios, partindo ou chegando, a verdade é que há sempre bilhetes quer sejam Só de Ida, quer sejam de Ida e Volta.

terça-feira, julho 14, 2009

domingo, julho 12, 2009

Pensar antes de agir

Há momentos da nossa vida em que não sabemos o que fazer, em que não sabemos que caminho tomar. Nestes momentos, paramos. Paramos para pensar seriamente no próximo passo, para pensar nos prós e nos contras, para pensar no que vamos ganhar mas, também, no que podemos perder. Usamos a balança e os dois pratos que nela existem.

Há momentos da nossa vida em que os dias parecem correr, o tempo parece passar e nada muda. Ao nosso pensamento não emana nenhuma decisão. E nós continuamos a querer pensar para não agirmos em vão, para não nos arrependermos, mais tarde, de decisões tomadas no calor do momento e pela pressão com que nos exigem que as tomemos.

Há momentos da nossa vida em que nós, apesar de sabermos que aquilo que queremos não tem futuro, não nos queremos desprender dessas mesmas coisas. O mesmo acontece com as pessoas…

Tomar decisões é difícil. Mudar de vida é difícil. Ter a capacidade de dizer que Sim a algo que queremos e dizer Não àquilo que também queremos, é difícil. Ter a capacidade de colocar a nossa vida profissional à frente da nossa vida pessoal e amorosa e do que sonhámos viver, é difícil.

Gosto de tomar decisões em vão, é verdade. Sempre gostei, mas acho que isso fazia parte de uma juventude. Hoje sou, mais do que nunca fui, confrontada com o sentido de responsabilidade, com o sentido de tomada de decisão. Sou confrontada com a minha completa autonomia para saber aquilo que quero e o que não quero, para pensar no futuro e dizer, hoje, ‘isto não me faz feliz’ ou ‘isto faz-me feliz’.

Tenho 21 anos e acho que nunca fui tão adulta como o sou agora. Dou por mim a dar conselhos a uma amiga minha de 11 anos sobre as saídas nocturnas e os jovens de hoje. E ela, com a sua ainda inexperiência de uma adolescência que está prestes a ser vivida diz-me “pareces uma velha a falar quando dizes ‘eu já tive a tua idade’”. É verdade! Pareço uma velha porque sou mais velha do que ela, porque já vivi mais coisas na minha vida do que ela. Hoje, compreendi o que ela quis dizer com o “pareces uma velha”… Foi o mesmo que dizer-me que eu já era uma adulta, não tanto como a mãe dela, mas já falava como a mãe…

Há momentos da nossa vida em que, quando não sabemos o que fazer, nem que passo ou caminho tomar, não é por querermos deixar que as coisas corram e fluam ao natural. É simplesmente porque somos adultos e, como todos os adultos, pensamos antes de agir.

terça-feira, julho 07, 2009

Now or Never

Did you say it? 'I love you. I don't ever want to live without you. You changed my life.'

Did you say it?

Make a plan. Set a goal. Work toward it, but every now and then, look around; Drink it in 'cause this is it. It might all be gone tomorrow.

quarta-feira, julho 01, 2009

Fácil ou Difícil?

Há mulheres que facilmente se apaixonam. Que se apaixonam pelo rapaz mais giro da escola e, mais tarde, pelo homem mais bem parecido do sítio onde trabalham. Invejo-as pela capacidade que têm em se apaixonar por quem quer que seja mais do que as invejo por quem se apaixonam.  O rapaz mais giro da escola é, muitas vezes, mais tarde, de longe o homem mais bem parecido. O rapaz mais giro da escola é aquele homem meio careca meio cabeludo, com barriga de cerveja e com um look que ele considera fashion, o mesmo look que tinha quando andava na escola.

Há mulheres que se apaixonaram pelos rapazes mais giros da escola e hoje são felizes com o homem meio careca meio cabeludo, com barriga de cerveja e completamente ultrapassado na moda. E acredito que estas mulheres continuem a ver nestes homens a mesma beleza que viam quando eles ainda eram rapazes. Na realidade, o amor tem destas coisas…

Os homens mais bem parecidos do sítio onde se trabalha nem sempre foram assim: cobiçados pelas mulheres, com uma capacidade inata de sedução, adeptos da moda e metrossexuais da ponta dos cabelos à ponta da unha do pé. Eles eram, talvez, aqueles rapazes que na escola ninguém reparava, por quem todos passavam e a quem nunca ninguém via. Aqueles que usaram aparelho, que talvez foram obesos, que não jogavam à bola com meninos famosos porque eles não os queriam no grupo. Ao invés disso, jogavam talvez à apanhada com as raparigas, ao berlinde ou então ficavam encostados à parede ou sentados num banco a verem os outros jogar. Acredito que poucas raparigas se apaixonem por estes rapazes. Algumas nem os vêem, não sabem os nomes deles enquanto eles, escrevem e seguem todos os passos delas. Na verdade, o amor tem destas coisas…

O amor tem disto, de nos apaixonarmos facilmente, de continuarmos facilmente apaixonados e de querermos, com facilidade, continuar a estar apaixonados. Mas o amor também tem dificuldade. A dificuldade de tentarmos dia-após-dia que não nos apaixonemos, a dificuldade de manter uma paixão acesa. Será então o amor fácil? Não! O amor não é fácil nem difícil. As pessoas que se apaixonam é que o são: fáceis ou difíceis e, mediante o que são, assim tornam as suas relações.

sexta-feira, junho 26, 2009

A facilidade com que algumas mulheres dificultam as relações surpreende-me. Surpreende-me a facilidade com que tornam tudo tão difícil. Somos complicadas. A fama e o proveito da nossa 'complicação' é evidente!
Se eles nos telefonam, achamos sempre tudo bem. Eles são os homens mais fantásticos que conhecemos e com quem namorámos. São aqueles com quem queremos casar, ter filhos e por aí fora. Mas, se porventura, durante o telefonema nos chateamos com eles já o mundo cai sobre as nossas cabeças e, como sempre, fazemos deles os culpados. Eles tornam-se os piores da fita. Eles é que não nos entendem. Eles é que não nos amam nem se preocupam connosco.
Nós podemos ter sempre dias menos bons, mas eles nunca. Será que não pensamos demasiado no nosso umbigo?
Depois existem as vezes em que as mulheres sabem que agem mal. Mas não damos a mão à palmatória porque ele também agiu. E pensar que se calhar ele agiu assim porque nós agimos primeiro? Não! Não pode ser. A culpa tem de ser sempre dele e ele é que tem de nos pedir desculpa, embora nos tenhamos a consciência que despoletámos o episódio.
Os homens não adivinham o que nós pensamos. Aliás, ninguém adivinha nem ninguém nunca adivinhará. Ser Polícia que lê os pensamentos das mulheres, só no Heroes!
Depois, há que relembrar que os homens não lêem nas entre-linhas. Eles não adivinham que nós quando dizemos "Eu preciso mais de ti" nos estamos a referir a querermos que eles nos telefonem mais vezes, que nos perguntem, mais vezes, como vai o trabalho final que estamos a fazer, como vai isto, como vai aquilo. Por isso, como eles não perguntam, nós achamos que eles não perguntam porque não gostam de nós!
Talvez tenhamos de renovar as nossas capacidades de tornar tudo tão belo como nos filmes e nas novelas! Porque raio não dizemos as coisas como elas são, preto no branco?
Esta facilidade com que nós, mulheres, complicamos as coisas, às vezes enerva-me. Complicamos o que nem sequer tem complicação possível. Como disse a Margarida Rebelo Pinto, numa suas crónicas do seu blog, 'as mulheres, depois dos 40, são descomplicadas'. Eu acho que as mulheres devem começar a ser descomplicadas a partir do momento em que se envolvem emocionalmente com qualquer homem. Descomplicadas para tornar as coisas mais fáceis. Descomplicadas para perceber que eles não nos lêem os pensamentos. Descomplicadas para percebermos que eles não lêem nas entre linhas. Descomplicadas para percebermos que "A e B" para nós pode ser "A - B", "A + B", "A x B" , "A : B" ou "A = B" para eles. Por isso pergunto: porque razão andámos nós a aprender Matemática durante todos estes anos?

domingo, maio 31, 2009

Como o vinho do Porto...


Diz o ditado português que "se é como o Vinho do Porto: quanto mais velho, melhor". Há homens que são assim... Quer sejam do Porto ou mais velhos, são cada vez melhores. E quando estas duas premissas se juntam, a combinação é perfeita. Quando os homens são mais velhos, nós não precisamos de lhes ensinar nada. O que fazer e o que dizer, é simplesmente inútil. Para quê se eles o fazem e o dizem tão bem?
É costume dizer-se que o que leva uma mulher a interessar-se pelos homens mais velhos é a estabilidade que ele dá. Eu digo que é mais do que isso. Aliás, é muito mais do que isso mas vou ficar por aqui e não dizer mais do que me apetece!
E este desabafo que não seja encarado como um 'deitar abaixo' os homens mais novos ou aqueles com a mesma idade que nós: 21 anos. É apenas um 'Avé' àqueles que, com mais idade, sabem o que fazer e o que dizer para que uma mulher veja as estrelas e aumente o seu ego!

domingo, abril 26, 2009

Solteiras(os) e Enamoradas(os)

Há esta tendência. Há esta tendência para, quando as pessoas começam a namorar, estarem mais tempo com os namorados. Isto acontece, em alguns casos, mas acontece, e acontece no meu núcleo de amigos. E depois, passado algum tempo quando ele e ela acabam ou, quando ele se apercebe que não passou demasiado tempo com os amigos ultimamente e passou mais tempo com ela, há a tendência para se mudarem as rotinas. Quer-se viver tudo o que se acha que não se viveu, viver intensamente. Sair com os amigos, apanhar grandes bebedeiras e fumar umas ganzas se isso for o caso. Quer-se tempo para si próprio. É o sentimento de arrependimento por, talvez, muitos dos nossos amigos (aqueles com quem não estivémos durante algum tempo) terem este estilo de vida. Queremos o que eles vivem e sentimos, talvez, que não o temos tido. Queremos recuperar o tempo que, talvez, consideramos perdido quando, as opções que tomámos no Passado não foram em vão, como não o é qualquer escolha que fazemos.
É o quebrar de uma rotina. É o querer quebrar de umas 24 horas que já não necessitam de ser planeadas na agenda porque já se sabe, decor, o que se vai fazer. Nos últimos meses viveram-se as mesmas 24 horas todos os dias, dia após dia, hora após hora.
Não sei se é um cansaço da pessoa com quem estivémos ao nosso lado, se um cansaço de nós próprios, se um cansaço da vida que nós próprios vivemos com a pessoa que esteve ao nosso lado mas, a verdade, é que a rotina que já chamamos nossa, cansa-nos.
Recorremos aos amigos, então, àqueles que consideramos ser eternos solteiros e que, por não terem namorado ou namorada, achamos que têm todo o tempo do mundo para nós. Nós, os tais amigos solteiros, somos quase que obrigados a dar-lhes atenção e, acabam por nos atirar que temos o dever de lhes darmos atenção e que não lhes podemos dizer que não. Somos os eternos solteiros, aqueles a quem dizem que "Tu é que tens sorte. Tu é que sabes!" se não temos namorado. Esquecem-se que já foram solteiros e solteiras. Esquecem-se que, muitas vezes, choraram agarrados à almofada da cama por se sentirem sozinhos e sozinhas e, por mais amigos que tivessem, sentirem que não tinham ninguém que lhes abraçasse e lhes dissesse que os amava. Esquecem-se que tudo na vida tem dois lados, que nada é fácil, que tudo requer sucessivas batalhas e que, no Amor, mais do que dar a guerra por vencida, importa ganhar sucessivas batalhas, todos os dias. Tudo exige esforço, principalmente o esforço de conquistarmos, todos os dias, quem já está conquistado.
Apesar de considerar o Amor o valor mais importante à face da Terra, Hoje, se me perguntassem o que não queria eu responderia que não me quero apaixonar, que não me quero apaixonar por Ti, mesmo sentindo, por vezes, que estou sozinha embora rodeada por muitos. A verdade é que não me quero prender a ti e aos sonhos que a minha cabeça quer, à força, criar. Não quero sofrer. Aliás, mais do que não querer sofrer, é não querer nem me apetecer sofrer em vão. Não quero sequer acreditar que existe um Amanhã para mim e para Ti, para nós os dois juntos e, por isso, censuro todos os sonhos que a minha cabeça começa a criar. Nada é impossível, é verdade, mas não neste caso. Tenho a plena consciência que aqui não pode haver lugar para sonhos e não quero sequer lutar para mostrar que o impossível é possível... Acho que não tenho forças para tal. Basta-me a luta interior que travo, todos os dias, comigo mesma, para não me apaixonar por ti quando sinto que estou viciada. É uma batalha, na realidade. É uma batalha que exige esforços, os mesmos esforços para conquistarmos, dia após dia, aquela pessoa que está ao nosso lado, já conquistada.

quarta-feira, abril 15, 2009

Ditadura Sexual

O mundo está farto de histórias de “Era uma vez…e viveram felizes para sempre”. O mundo está farto de romances bonitinhos em que não se fala em sexo, em quecas e em fodas e só se fala no Amor, porque o Amor é lindo. Poupem-me! O Amor é lindo, sim, quando se ama mas, às vezes, nem todos amamos. E o sexo? Bem, o sexo, as quecas, as fodas, as relações ultra-sensoriais, também são lindas e pouca gente fala delas. Continuo sem perceber porque razão se pode falar de política nos transportes públicos, porque razão cada pessoa pode mostrar as suas preferências políticas quando, muitas das vezes, nem sequer se chega a votar porque não se sabe em quem votar. Continuou sem perceber porque se pode falar de política e não se pode falar de sexo. Aliás, pode-se, mas fala-se baixinho porque a pessoa ao lado ou atrás de nós não nos pode ouvir. Sexo, pxiu. É uma palavra muita feia. Não é politicamente correcta de ser dita. Queca e foda, muito menos. Isso não existe. O que existe é o Amor. Ninguém dá uma queca, nem uma foda. Ninguém faz sexo na realidade, por isso é que continuam a existir mulheres grávidas e adolescentes também. Poupem-me. Acredito que sejam mais as pessoas que fazem sexo, dão umas quecas e umas fodas e não conseguem sequer dizer estas palavras, do que aquelas que votam e falam de política nos transportes públicos.

terça-feira, abril 14, 2009

sábado, abril 11, 2009

Uns riscos e outros não riscados

Conhecemos pessoas. Falamos com essas pessoas. Estamos com essas pessoas. Divertimos-nos com essas pessoas. Passamos bons momentos com essas pessoas. Quando assim acontece, queremos estar com elas. Depois, depois existem aquelas pessoas que conhecemos, com as quais falamos e estamos e não queremos estar com elas por um qualquer motivo. Não temos todos de gostar de estar com todas as pessoas que conhecemos. Não somos obrigados. Existem aquelas de quem gostamos e outras de quem não gostamos. Existem aquelas com quem mais simpatizamos e aquelas com quem menos simpatizamos. Depois, por fim, existem ainda aquelas pessoas que conhecemos, com quem falamos, com quem estamos, com quem nos divertimos, com quem passamos bons momentos, mas que, para nós, é indiferente estar ou não estar com elas ou, para elas, é indiferente estar ou não estar connosco. Se estivermos tudo bem, se não estivermos, as águas e as ondas do Tejo não se aumentarão… Tanto faz. E, tanto faz, é o estado dos que se deixam levar.

Às vezes, é difícil estarmos com as pessoas com as quais gostamos de estar. A vida que temos, o nosso dia-a-dia leva-nos, por vezes, a atribuir as culpas ao tempo que não temos ou ao nosso cansaço. Às vezes ‘não temos mesmo tempo nenhum’ ou ‘estamos mesmo muito cansadas’, que só nos apetece arranjar tempo para nos deitarmos no nosso sofá, arranjar tempo para fazer o jantar, para ir a trinta minutos no Viva Fit ou até mesmo para irmos ‘num instantinho ao Fórum porque precisamos mesmo’. Trinta minutos no Viva Fit, mais trinta minutinhos no Fórum para comprar não sei o quê, mais quinze minutos em que nos deitamos no sofá e mais quarenta minutos para fazer o jantar. No fim, façam contas e vejam o ‘tempinho’ que arranjámos quando ‘não tínhamos mesmo tempo nenhum’ ou ‘estávamos mesmo muito cansadas’. Eu, por vezes também me incluo nesta categoria: não tenho mesmo tempo ou estou mesmo muito cansada. Outras vezes, outras vezes é simplesmente porque não me apetece. Porque quero estar sossegada no meu canto, comigo mesma, com os meus botões ou o fecho do meu casaco. Por vezes é, simplesmente, porque não quero que chateiem, porque queria apenas poder chegar a casa e ter alguém que estivesse deitado no sofá, a ver um episódio da Anatomia de Grey, e que me abraçasse, quando eu também me deitasse no sofá. Às vezes, é difícil estarmos com as pessoas com as quais gostamos de estar porque apenas gostaríamos que uma outra pessoa que gostasse de nós quisesse estar connosco.

Às vezes, também é difícil não estarmos com as pessoas de quem não gostamos muito. Por vezes, não sabemos como dizer que não, já estivemos no lado de lá, e a nossa voz pronuncia um ‘sim’. O difícil não é dizer que ‘não’, mas sim de que forma dizemos que ‘não’. Isto principalmente se a pessoa estiver apaixonada por nós. Não é um ‘não’ que ela não consegue lidar. Aliás, o difícil não é ouvir um ‘não’, mas sim o que vem depois do ‘não’. Para ouvir um ‘não’ podemos estar preparadas, mas para lidar com as consequências desse ‘não’, às vezes não estamos. Por isso, às vezes, prefiro dizer ‘logo se vê’, que acaba por ser um não camuflado e que pode ter duas percepções: uma, o estar a dar-se esperança, outra, o estar a mostrar desinteresse. Por vezes questiono-me se não é mais fácil, dizer logo que não, mesmo sabendo o que a outra pessoa pode vir a sentir, o que ela pode vir a sofrer.

Depois vem a terceira dificuldade. A dificuldade em estar com as pessoas com as quais gostamos de estar, mas que nos parece ser indiferente para elas estarem ou não estarem connosco. Ou, então, a dificuldade de algumas pessoas estarem connosco porque, para elas, é indiferente estarmos ou não estarmos. E aqui, aqui o difícil é estarmos, constantemente, a tentar aproximar-nos e travarem-nos sempre. Difícil é quando não nos deixam sequer chegar perto, nos colocam uma barreira no exacto momento da nossa aproximação. E nós resistimos. Resistimos e continuamos a tentar esta aproximação. Continuamos a demonstrar àquela pessoa que queremos estar com ela, mesmo que ela continue a tentar afastar-nos. É, talvez, um jogo de futebol. Tentamos levar a bola para a frente e marcar golo, mas não conseguimos, salvo raras vezes. Não conseguimos porque a bola sai de campo e, aí, o guarda-redes da equipa adversária pontapeia-a para o nosso campo. E aí, aí voltamos a percorrer o campo com a bola nos pés e a tentar, de novo, marcar golo. É um jogo, sim. É um risco, também. É o risco de os jogadores ficarem cansados, de podermos não ter mais suplentes nem um treinador que nos oriente. É o risco de perdermos o jogo nos 90 minutos em que o jogámos, sim. Mas a vida, é um risco. As nossas opções são um risco. Há o risco de errar e de aprendermos com os nossos erros, e há ainda o risco de ganharmos. A questão é: vale ou não vale a pena correr durante 90 minutos num campo, com a bola nos pés, por estes riscos? Vale, claro que vale a pena. Vale porque nunca sabemos se a equipa adversária, a certa altura do jogo, vai deixar de estar sempre à defesa. Não sabemos se, a certa altura do jogo, a equipa adversária não resolve ser mais pró-activa, e também ela jogar ao ataque. E vale a pena corrermos o risco de estarmos com uma bola nos pés porque não sabemos se, no final do jogo, a equipa em que jogámos e a outra trocam T-shirts e abraços e passam as duas à final.

sexta-feira, abril 10, 2009

Make you feel my love

O Amor e o Tempo são casados. Não sei se numa união de facto, se num casamento pela Igreja, mas a verdade é que o são. São, talvez, dos únicos que eu sei que nunca se divorciarão, mesmo se, algum dia, estiverem chateados.

Para amar alguém é preciso tempo. É preciso espera, uma espera que pode ser difícil de ser esperada. Nada se constrói num dia e, muito menos, do dia para a noite, ou numa madrugada de Primavera de céu quase estrelado e uma brisa suave. Amar é como construir uma casa: é preciso um desenho feito pelo arquitecto, depois é preciso que um engenheiro civil avalie os materiais necessários e, depois, são precisos pedreiros, muitos pedreiros. Os arquitectos da nossa construção são os sonhos, os 1001 desenhos que fizemos na nossa cabeça. Os arquitectos somos nós próprios com aquilo que já vivemos e com o que sonhamos poder viver um dia. Depois existem os engenheiros civis, nós próprios também. Avaliamos se é viável amar determinada pessoa mas, a verdade, é que nunca tirámos o curso de engenheiria e, mesmo que vejamos que tal construção é possível de não ser viável, nós dizemos sempre que sim…Afinal, o desenho da nossa construção continua sempre bem presente nas nossas cabeças. Depois, somos também pedreiros. Trabalhamos, dias a fim, na chuva, no Sol, independentemente do tempo que faça lá fora. Construímos, pedra a pedra, tijolo a tijolo, pintamos, colocamos as janelas, colocamos as portas, o telhado. Se, no fim, temos ou não temos casa, isso depende de nós e depende, também, do tempo que fizer lá fora. Se, enquanto trabalhamos como pedreiros chover muito e tudo o que até então construímos se desmoronar é porque não estávamos a construir bem. Houve algo que falhou. Houve uma pedra que não ficou colocada no sítio certo, por exemplo. Aí há que ver o que está mal e re-construir.

Se, enquanto trabalhamos como pedreiros nunca chover e fizer sempre Sol, então nunca vamos poder saber como se a nossa casa irá ser inundada. O Sol faz sempre falta, é verdade, para secar a chuva, pois a única maneira de aprendermos a construir a nossa própria casa é quando o tempo está chuvoso, quando é Janeiro, chove torrencialmente e o vento não pára de empurrar as árvores.

Amar é como construir uma casa. Envolve vontade, querer, desejo em amar, mesmo que não nos sintamos amados. Querer amar é querer construir algo. Querer amar é gravar na memória o sorriso de um momento ou até mesmo o olhar. A cor dos olhos naquele instante em que ele sorria para vocês e vos dizia algo que, por mais parvo que possa ter sido, vos marcou. Querer amar é querer lembrar-se de cada palavra dita quando estavam com ele, sentadas no colo, na quase escuridão de umas escadas de um prédio. Querer amar é gravar o vosso olhar, gravar o olhar no momento em que, quando estavam com ele, vocês pararam, sentiram, viram o que estava a acontecer e pensaram no que dariam para que aquele momento se repetisse sempre, todos os dias. Querer amar é sentir que, também nós, podemos ser amadas, que nos seguram pela cintura para não cairmos, que nos seguram pela mão para subirmos as escadas pelo escuro, que encostam a cabeça no nosso peito. Querer amar é sentir que nos fazem rir e, acima de tudo, é sentir que nos fazem sentir bem.

Querer amar é, por vezes, não saber o que fazer. É viver nesta incerteza e inconstância do faço ou não faço, digo ou não digo porque respeitamos o tempo do outro. Querer amar é uma espera que desespera. Desespera porque, por vezes, não sabemos se estamos a querer amar a pessoa certa e se ela, depois de tudo o que nós fizermos para amá-la, também nos vai amar.

Deixar-se amar é outra coisa. Deixar-se amar é estar aberto ao outro e ao que o outro nos pode dar. Deixar-se amar é não perguntar porquê. É dizer apenas que sim…  E, aqui, talvez me atreveria a dizer que que deixar-se amar é o estado de quem não ama ou não quer amar. É, talvez seja, mas é, também, o estado de quem não se importa de deixar-se amar por quem está a querer amá-lo. É o estado de quem se deixa levar…É o estado que, para aquele que quer amar, é difícil compreender…

Sempre ouvi dizer que, numa relação há sempre um que ama e outro que é amado. Numa relação ultra-sensorial talvez exista sempre um que quer e outro que vai querendo…

quinta-feira, abril 09, 2009

Relação Ultra-sensorial

O amor existe e, dentro dele, existe a amizade. A amizade existe e, dentro dela, existem um conjunto ínfimo de relações, tantas com tantos nomes quanto o número de pessoas que colocamos dentro desta categoria que é a amizade, um subcapítulo do amor. Onde colocar a paixão? Não sei… a paixão é uma coisa à parte. É como as relações ultra-sensoriais ou aquelas que a maior parte dos seres humanos gostam de chamar de amigos coloridos, fuck buddies quando ainda não lhe atribuíram um nome. Eu gosto deste que me foi dito esta semana: relação ultra-sensorial. Por isso, resolvi analisar este conceito segundo um Dicionário de Língua Portuguesa:

Relação: dependência; ligação; ligação afectiva ou sexual entre duas pessoas.

Correcto! É, de facto, uma ligação sexual entre duas pessoas, que envolve alguma espécie de afecto (afinal de contas, se não envolve afecto porque razão há sexo?) e, sem sombra de dúvida que esta relação, por envolver uma componente sexual – o sexo – causa dependência.

 

Ultra-: elemento que significa além de; extremamente; excessivamente. É seguido de hífen quando o segundo elemento tem vida à parte e começa por vogal, h, r ou s.

Sensorial: relativo ao cérebro ou à parte do cérebro chamada sensório.

sensório: relativo à sensibilidade; próprio para a transmissão das sensações; parte do cérebro que se julga o centro comum de todas as sensações.

 

Correcto! A relação que é sexual, envolvendo afecto, é sensorial. No sexo sente-se tudo e apela-se à sensibilidade de cada um. O mais importante naquele momento é esquecer tudo e sentir, sentir tudo ao máximo. Ser ultra-sensorial implica existir uma transmissão das sensações e um apelo que vai para além do que é normal. É um apelo a todos os nossos sentidos, usando e abusando deles. O sexo vai para além do que é normal e, por isso, é excessivo (será?), fazendo parte de um dos extremos.

 

P.S. Se calhar, é melhor começar a praticar melhor o ouvir….

sábado, março 21, 2009

Se eu mandasse nas palavras

Como se eu mandasse nas palavras, pediram-me que a dor fosse um sorriso. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me ser louca e ser juízo. Como se eu mandasse nas palavras, falaram-me que a água era o deserto. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me ser o mesmo, o longe e o perto.

Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta.

Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta.

Como se eu mandasse nas palavras, quiseram que trocasse Sol por Lua. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me que amar que era ser tua. Como se eu mandasse nas palavras, quiseram que emendasse o que está escrito. Para quê? Se eu mandasse nas palavras, daria agora o dito por não dito.

Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que eu lhes minta.

Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta…

Mariza – Se eu mandasse nas palavras

terça-feira, março 17, 2009

Fascínio

O Boss AC dizia que só precisava de 5 minutos e eu concordo. Também eu, às vezes, só preciso de 5 minutos. Mas hoje não venho falar dos 5 minutos que precisamos na vida para fazermos o que queremos. Se formos a ver, há quem precise de mais do que 5 minutos e há quem queira despender muito mais do que este tempo.
Sejam 5 minutos que é o tempo que dura a música da Madonna com o Justin Timberlake ou 10 minutos, o tempo que demoram as publicidades das estações televisivas (à excepção da Fox Life). Ou sejam, ainda, os 15 minutos, o tempo que demoramos a flutuar no Tejo entre o Cais do Sodré e Cacilhas. Quinze minutos é o tempo ideal para fazer tudo, tudo aquilo que não fizémos antes. Depois de não termos parado nos transportes públicos em lisboa: primeiro o autocarro que nos leva até ao Jardim Zoológico, depois a linha azul até à Baixa e, por fim, da Baixa ao Cais na verde. Andámos neste corrupio estonteante e se existe um momento em que todos os Portugueses têm a mesma filosofia e a mesma opinião é na utilização do Metro: por mais cheio que possa estar, por mais que se veja, de fora, que não cabe mais ninguém naquela carruagem do metro porque está tudo 'atafulhado' lá dentro, cabe sempre mais um! E, mais um, significa caber sempre aquele que quer entrar porque quer apanhar o barco das X horas para, depois conseguir apanhar o autocarro ou o metro superfície às Y e chegar a casa às Z horas, a tempo ainda de pegar no carro e ir ao Fórum Almada ou a outro sítio qualquer.
Quinze minutos é o tempo ideal para se flutuar no Tejo e se fazer tudo o que não se fez nos minutos antes da Travessia. Afinal, com a carruagem tão cheia e 'meio sardinha enlatada' nem o livro ou o jornal se podia ler... E é aqui, no barco, que entram as actividades que revitalizam o nosso fim de dia...
No barco, há quem leia o jornal. Há outros que acreditam que são naqueles 15 minutos que vão conseguir ler as últimas 10 páginas que faltam para acabar o livro que lhes segue há 1 mês nas viagens nos transportes públicos. Depois, há quem aproveite para utilizar as tecnologias: os telemóveis e os iphods. Mandam-se SMS a quem se tem de mandar, descobre-se no telemóvel aquilo que ainda não se descobriu (mesmo tendo-o comprado o mês passado), ouve-se R&B, Hip-Hop, Pop, Jazz, Rap, House e outras músicas de géneros inconclusivos. Há ainda quem aproveite para namorar e partilhar com o respectivo companheiro/a o que aconteceu de significativo no trabalho: fulana tal disse alho e cicrano disse bugalho. Mas, entre estes todos, os meus preferidos são aqueles que não fazem nada, mas que fazem tudo: olham e pensam. Aqueles que olham para a senhora que está ao lado a fazer crochet e que pensam que também gostariam de saber fazer. Aqueles que olham lá para fora, para o Tejo, para a Liberdade e pensam quando é que se têm de levantar da cadeira para irem para a porta. E, como preferido dos meus preferidos, existem aqueles como eu, que olham e pensam e escrevem mentalmente o que estão a ver. Aqueles, como eu, que criam a história daqueles 15 minutos, que os descrevem no pensamento para os escreverem mais tarde ou no dia seguinte. Estes, como eu, que gostam de observar os pormenores e pensar sobre eles, procurar a descrição ínfima, o tricotar da senhora de meia-idade com uma malha roxa cor da moda no meu lado direito, num dos bancos junto à janela, onde a rapariga da frente olha fixamente para a velocidade daquela acção. Isto tudo, enquanto o barco parou os motores e apenas flutua no Tejo e, onde, o rapaz ao lado olha para a janela e pensa que aquele é o momento exacto para se levantar e ir para a porta pois, só assim, será o 1º a sair do barco.
Para alguns, isto que disse pode não fascinar. Pode não fascinar o corrupio nos transportes públicos, a filosofia da 'sardinha enlatada' no metro de Lisboa, o tricôt roxo da senhora de meia-idade, ou até mesmo o tipo ou a cor da lã com que se tricôta a nossa vida.
A vida, por vezes, não fascina e, não fascina sobretudo, a quem não tem por hábito olhar para os pequenos aspectos fascinantes da vida que, na maioria das vezes, são aqueles que mais passam despercebidos. O fascínio está na procura em saber como determinada coisa e determinada pessoa são e isso, só se concretiza no olhar. E não estou a falar de ver. Estou a falar de olhar porque olhar, é muito mais do que simplesmente ver.

segunda-feira, março 16, 2009

O Hubba Bubba da actualidade

“A Hubba Bubba é uma pastilha elástica que surgiu nos anos 70 nos E.U.A. Esta pastilha elástica, ao contrário das outras, é menos pegajosa, daí que seja mais fácil tirar os pedaços dela que ficam na nossa pele depois de fazermos um balão. A maioria dos sabores deste tipo de pastilha elástica são à base de frutas.”

A pastilha Hubba Bubba essa nunca a provei mas o meu interesse por ela surgiu quando ouvi o nome numa música da Kelly Rowland: “I got that come back, the hubba bubba”… Resumidamente, a música dizia que os homens voltam sempre para as mulheres, mesmo depois de, algum dia, terem saído da vida delas. Segundo a música, eles voltam se nós tivermos Hubba Bubba!

O Hubba Bubba , para mim, é o fenómeno dos dias de Hoje. Tal como ela, menos pegajosa e mais fácil de tirar os pedaços que podem ficar na nossa pele, assim o são as relações amorosas do século XXI. Desprendidas do que quer que seja e de quem quer que seja, onde, caso a relação não resulte, seja fácil ‘seguir com a vida para a frente’.

Mas o fenómeno Hubba Bubba é muito mais do que isto. Na realidade, não nos podemos esquecer que, antes do nome, o Hubba Bubba é uma pastilha elástica.

O fenómeno Hubba Bubba é o que eu gosto, fácil e rapidamente de chamar ao fenómeno de retorno de alguém que já saiu da nossa vida, de retorno às origens. Tal como diz o ditado ‘um bom filho à casa retorna’. Ter Hubba Bubba é encarar as relações amorosas como um surfar na crista da onda, indo para onde a onda nos levar, independentemente do modo como estiver o mar. Ter Hubba Bubba é saber deixar os homens sairem das nossas vidas quando eles acham que o têm de fazer. É deixá-los ir, sem os prender, independentemente dos prazeres da vida que tivémos com eles. Ter Hubba Bubba é deixá-los partir e ‘seguirmos com a nossa vida para a frente’, não nos deixando levar pela tristeza e pela melancolia. Ter Hubba Bubba é saber que, tempo depois de eles sairem das nossas vidas, eles vão voltar a entrar nelas pelo seu próprio pé.

Ter Hubba Bubba  é simplesmente acreditar que ‘se os homens nos deixam e, tempo depois, nunca chegam a voltar é porque nunca os tivémos, mas que, se sairem e, no Dia Seguinte cá estiverem de novo , é porque sempre os possuímos’.

domingo, março 15, 2009

Pequenos ou Grandes? São Prazeres!

E é também a sensação daqueles dedos a preencherem o nosso vazio ao mesmo tempo que nos contorcemos de prazer que nós, mulheres, guardamos. São os beijos na barriga, nas pernas e no pescoço que, mais tarde relembramos. É o momento e o tempo na bolha onde apenas existem dois corpos e uma alma. É um momento que parece maior que a eternidade do tempo, de um tempo que não tem tempo, que não tem segundos, que não tem minutos, que não tem horas, que se chama apenas tempo.

Fazer sexo é exactamente isto. É sentirmos que não temos órgãos e que o nosso sangue corre e fervilha dentro de nós por vários caminhos, sem qualquer rumo. É saber que nada mais existe para além daquelas duas pessoas, daquela cama, daqueles gemidos, daquelas respirações ofegantes e daquelas palavras. É sentir que não estamos sozinhas e que nos sentimos preenchidas. É não pensar, mas sim prazear seja por cima, por baixo ou de quatro. É poder, no fim, ouvir dizer que se morreu para a vida e abraçá-lo enquanto ele nos prende o braço e a mão nos braços e nas mãos dele, junto ao peito, e não nos deixa fugir.

 

sábado, março 14, 2009

Passar e Ficar

São 7 horas do dia-quase-noite e é alí, na plena baixa da Cova da Piedade que a vida acontece. Pastelarias, Cafés, Lojas de roupa, Centros Comerciais, pessoas, autocarros e carros…Tudo passa por ela e é alí que a vida acontece. É alí que acontecem os segundos, os minutos, as meia horas e as horas de um lanche de final de tarde. É alí que os casais de namorados aproveitam o único momento do dia que têm juntos. É alí que as senhoras de meia-idade se reunem para combinar a próxima colecta de dinheiro para a Paróquia e é, ainda alí, que quem vive sozinho nesta vida passa o tempo, sabendo que o Tempo passa, mas sem dar conta deste tempo que passa.

São 7 horas do dia-quase-noite e a Cova da Piedade é de todos os que lá passam, mesmo daqueles que, não querendo, não têm como não lá passar. E, depois de todos lá passarem, a Cova da Piedade continua ali, até ao dia seguinte, até às 7 horas do dia-quase-noite seguinte. A Cova da Piedade continua alí, até alguém passar por ela e apreciar o tempo do Tempo que lá passa.

Pessoas que passam e locais que ficam…

Tempos que passam e momentos que ficam…

As Pessoas são como o Tempo. Passam, num segundo, num minuto, numa hora, num dia, numa semana, num mês, num ano… Passam, por vezes, sem olharmos para elas, sem vermos que estão a passar. Os locais, esses são como os momentos. Ficam sempre e duram para sempre, mesmo quando as Pessoas e o Tempo já passaram…

quarta-feira, março 11, 2009

'Descaracterizam Almada'

- Descaracterizaram Almada!

Esta foi a frase que eu ouvi hoje a caminho de casa, a propósito da construção do metro superfície na Margem Sul...
- Tiraram-nos os jardins!
E, segundo aquele grupo de senhoras de meia-idade que estavam a discutir as mudanças na Margem Sul enquanto esperavam pelo autocarro, agora, até casa, demoravam muito mais tempo. A culpa, era do metro, que 'descaracterizou' Almada e lhes tirou os Jardins!
E levar mais tempo a chegar a casa era uma problemática: porque há o jantar para fazer e o almoço do dia seguinte para preparar. 'Descaracterizaram' Almada sem aquelas senhoras saberem bem porquê...Se, como dizem, 'o metro nunca vem muito cheio, entram só algumas pessoas' não se percebe, por isso lá veio mais um motivo para terem voltado a repetir 'descaracterizam Almada' ....

A culpa? Que pergunta! A culpa foi da gente maior que quis alí aquilo. Não foram os almadenses, mas sim 'outros maiores, aqueles de interesse'! E se em Almada se perde tempo por causa do metro, que não costuma levar ninguém segundo dizem, mas que quando se tem o jantar para fazer e o almoço do dia seguinte para preparar é uma maçada, lá do outro lado do Tejo nem se fala... 'Perde-se igual tempo ou ainda mais'. Raios e curiscos que a gente maior é que lá quis fazer obras naquilo e, 'depois de concluídas, lá tiveram de as abrir outra vez porque estava tudo mal feito'. Sinceramente, há gente maior, de interesse, que 'descaracteriza' muita coisa. E depois? Depois lá se perdem os jardins e lá se demora mais tempo a ir para casa, o jantar já não está pronto às 20h (hora em que o marido se senta à mesa) e demora-se mais tempo a preparar o almoço do dia seguinte...

Depois de tudo isto, só faltou as senhoras de meia-idade dizerem que a culpa era do Governo e que o 'Sócates' é que anda a fazer mal à gente. Sim, porque o 'Sócates' era, possivelmente, uma gente maior, de interesse! Pergunto-me, o que dizer a estas senhoras e senhores que dizem que a culpa é do 'Sócates'? A verdade? De que não é o 'Sócates' que tem culpa mas que a culpa é de todos os 'Sócates' que vieram antes deste 'Sócates'?

terça-feira, março 10, 2009

Abraço

Há dias em que, mal coloco o pé fora da cama, me apetece voltar para ela e dormir. Há outros, em que me apetece estar as 24 horas fora de casa, apanhar ar, apanhar Sol, apanhar frio.
Há dias em que, quando fazemos a travessia Cais do Sodré-Cacilhas no final de tarde e início de noite de um dia de Inverno com 23ºC de máxima, nos apetece um jantar alí, em pleno Tejo azul-quase-escuro. Um jantar a dois, à luz das velas e à luz do Sol, deste Sol que teima em se esconder atrás da Liberdade. Um jantar a dois, num barco, nem que seja o barco mais minúsculo onde alguma vez estivémos. Há outros, em que nos apetece jantar sentadas no sofá, com as pernas em yoga e o prato em cima de uma almofada... Tabuleiros? Não obrigada. Dão muito trabalho de ir buscar ao armário! E a luz, essa é a económica, a que comprámos no Jumbo mais perto de nós a um preço barato e a qual exibimos orgulhamente por sermos mais um, entre muito poucos, a contribuir para que o Planeta não acabe tão depressa!
Há dias em que apetece chorar... Outros em que apetece sorrir.
E depois há estes dias, como o de Hoje. Há estes dias em que nos apetece simplesmente um abraço. Adormecer nesse abraço e acordar nesse abraço. E, se possível, no dia seguinte, levar o abraço para o trabalho para nos abraçar à hora do almoço...

segunda-feira, março 09, 2009

Apetite

Hoje apetece-me dizer o que tenho atravessado na minha garganta!
O que realmente me apetece é dizer tudo o que tenho cá dentro, tudo aquilo que sinto. Apetece-me dizer o quanto alguns homens, por mais idade que tenham da nossa, são infantis e querem viver no mundo adolescente deles. Apetece-me dizer o que tenho a dizer bem alto para ouvirem... e depois? Depois deitar-me no sofá, enrolada numa manta e ver as novelas da TVI...