Como se eu mandasse nas palavras, pediram-me que a dor fosse um sorriso. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me ser louca e ser juízo. Como se eu mandasse nas palavras, falaram-me que a água era o deserto. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me ser o mesmo, o longe e o perto.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta.
Como se eu mandasse nas palavras, quiseram que trocasse Sol por Lua. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me que amar que era ser tua. Como se eu mandasse nas palavras, quiseram que emendasse o que está escrito. Para quê? Se eu mandasse nas palavras, daria agora o dito por não dito.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que eu lhes minta.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta…
Mariza – Se eu mandasse nas palavras
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