sábado, setembro 29, 2007



A vida é assim. Quando não temos escrevemos que não temos, lamentamo-nos, fazemos das tripas coração. Quando temos, deixamos de escrever e raramente nos expressamos em relação ao que temos. Faltam-nos as palavras porque queremos viver tudo tão intensamente. Queremos viver o que até à altura tinhamos sonhado que iríamos viver. Por vezes, talvez alguns de nós pensem que atingiram a Felicidade, aquela que andaram à procura, mas não. Depois param e lembram-se que ainda falta qualquer coisa ou qualquer pessoa. E aí, aí quem parou de escrever volta a escrever para encontrar o equilibrio, a balança do espírito. A verdade é que andamos constamente à procura Dela e a verdade é que cada dia a atingimos. A Felicidade para mim pode não ser a Felicidade para ti, mas nos momentos que sorris estás sempre feliz. Não te posso nem te sei dizer se existe a Felicidade Total, mas acredito que exista uma Felicidade quase-Total. Mas independentemente Dela ser quase-Total ou Total, Ela não deixa de ser Felicidade e só depende de nós.

Isma

P.S.: Espero que a música vos tenha feito sentido!

quinta-feira, setembro 27, 2007

Porque há dias em que a única coisa que preciso é do meu espaço. Vazio. Sem ninguém. Apenas eu.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Didn't I tell you

Too Short:
You think you got her stuck, you must be smoking.
She got alot of money too.
She ain't no joke man.
We raised her god.
She got the game before the fame.
Isma, ain't nothing changed.
You know her name.
You see her ridin something clean.
Lookin hella fly.
I know you heard, she changed her mind.
I'm about to tell you why.
She ain't staying at the house.
She going out.
To some exclusive s*** that you don't know about.
She won't be curled up crying wit a broke heart.
She bout to get dressed and go hard.
And if you wanna run the streets chasing hoes, dude she'll be out chillin cuz
you ain't doin what you suppose to.

domingo, setembro 23, 2007

quinta-feira, setembro 20, 2007

60 segundos...

Ismália Erica Pires de Sousa
21 de Setembro de 1987
Isma
Luso-Afro-Asiática
R&B, Soul, Jazz, Hip-Hop, Zouk
Romances
És tão Diva!
Desiste
Fazes-me falta!
Vermelho e Amarelo
Dançar
Escrever
Tudo
Nada. Aprendei a gostar do que gostava menos.
Sorriso
Eu acredito!
3,5,7,21,29,33
Sexta-feira
22 de Outubro
Mana e Mano, Pais e Ayanna
A partir dos 15 anos
Alguns...
Sim! No dente.
Diferente
Uma rosa vermelha
Preciso de ti. Descobri-o hoje!... E a propósito, Parabéns!

segunda-feira, setembro 17, 2007

domingo, setembro 16, 2007

Há noites em que me sinto assim. Hoje é uma delas.
Escrevi mais, mas apaguei. Hoje não me apetece falar das minhas emoções. Às vezes nem eu própria as percebo, como podem vocês percebê-las? E eu sei que elas não esperam nem querem ser percebidas, mas sim vividas e sentidas. Por isso vou continuar a vivê-las e a senti-las. Quem sabe se Amanhã elas não encontrarão a alma de pássaro perfeita para elas? Pelo menos elas continuam a acreditar...Eu sei, eu sinto-o.

sábado, setembro 15, 2007

terça-feira, setembro 11, 2007

V_ _ _ _ de _ _

Naquela noite cheguei a casa com a sensação de ter acabado de cometer um crime, mas não com a mesma sensação de quem mata por gosto. Tinha acabado de cometer o maior crime de todos! Beijei o Gabriel, alguém que eu não conhecia, mas, mais importante do que ser o Gabriel ou ser alguém que eu desconhecia por completo, tinha beijado essa pessoa e esse, era, sem sombra de dúvida, a mais dolorosa traição para o Filipe. Abri a porta de casa onde pairava o mais puro dos silêncios. Estava finalmente protegida ali, entre aquelas paredes que sempre me conheceram. Ninguém me poderia apontar o dedo pelo que tinha acabado de fazer. Estava completamente envolvida entre elas e isso dava-me a mais bela sensação de alívio, de quem está a salvo. Subi as escadas e entrei no meu quarto. Deitei-me na minha cama, com a cabeça na minha almofada, sem mudar de roupa primeiro, sem antes despir as provas do crime. A vida, às vezes, prega-nos mesmo partidas, as quais não estamos à espera. A vida tinha acabado de me pregar uma. Revivi aquele pedaço de noite com o Gabriel, passo a passo, hora a hora, minuto a minuto, tentando perceber o porquê de cada palavra e o modo como cada uma delas tinha sido dita. Parei no beijo, congelei o pensamento nessa altura e revivi esse momento segundo a segundo. Não queria ter o privilégio de esquecer nada do que tinha acontecido e do que tinha vivido. Quase que senti, pela segunda vez na mesma noite, o que o beijo do Gabriel me tinha feito sentir depois de termos saído do Chapitô. A mesma intensidade, o mesmo calor, os mesmos pensamentos, a mesma sensação de pertença a um alguém que não era o Filipe, e que ultrapassava a sensação de pertença ao Filipe. Percebi que algo se tinha passado enquanto nos beijávamos mas não quis encontrar resposta para a minha pergunta: “Porquê?”. Sempre acreditei na existência de coisas, de dúvidas nossas que, em certo período da nossa vida, não conseguimos explicar mas que, mais tarde, depois de esperarmos um tempo de minutos indefinidos, acabamos por obter resposta, e a minha única vontade enquanto estive deitada na minha cama foi não querer, nem conseguir explicar, o porquê de me ter sentido como senti.

segunda-feira, setembro 10, 2007

sábado, setembro 08, 2007

quinta-feira, setembro 06, 2007

Amy Winehouse performance @ Mercury Prize Awards 2007

quarta-feira, setembro 05, 2007

Toi (Corneille)

Toi, toi
Toi et non pas une autre
Que je vois, toi et cela peu importe
Que tu sois, ou pas, de ma couleur
Mais d'une autre
Ce sera toi et moi ensemble que le monde veuille ou pas
Toi, toi
Toi et non pas une autre
C'est mon choix, toi
Et cela peu importe
Que je sois, ou pas, de ta couleur
Mais d'une autre
Ce sera toi et moi ensemble
Que le monde veuille ou pas
Y en a qu'une comme toi, c'est toi

terça-feira, setembro 04, 2007

Letras juntadas ao acaso ou porque assim tinha de ser. Palavras ouvidas ou que foram sentidas. Textos lidos dalí ou escritos daqui. Músicas...Pessoas..ou apenas o silêncio, eterna necessidade humana básica. Dedico-te a ti Setembro. Óh! E como és puro, como são Virgens as tuas palavras e as tuas emoções como se as dissesses e sentisses pela primeira vez. Eterno sonhador, sempre mudando e querendo ser um actor e nunca um espectador da tua própria vida. Dedico-te a ti Setembro porque sempre te dedicaste a mim.
"Tão efémeras, as cumplicidades radiosas. Encontros de pele, de ideias, de atmosferas, flutuando como nuvens para o paraíso do esquecimento. Acreditava que o sentido da minha vida estava nesses encontros, e confronto-me agora com a falta que tu me fazes. Tu roubas-me o sentido, viciei-me nesse roubo, talvez seja ainda um vício do sentido, o supremo. Nós nunca fomos cúmplices, sabíamos demais um do outro. Éramos promíscuos. Dedicávamo-nos a combater o pensamento um do outro para chegarmos à névoa humana. Traías-me, traíste-me inúmeras vezes e nunca chegavas a tocar a fímbria da traição. Diziam que eu te perdoava tudo. Como se iludiam. Nunca tive nada para te perdoar, vejo-o agora, com uma nitidez impossivel. Gostavas dessa forma de intimidade rápida que é a discórdia. Eu também. Éramos imperdoáveis, seremos imperdoáveis um do outro, cascos naufragados no negro incêndio do mar."
in "Fazes-me Falta" de Inês Pedrosa.

segunda-feira, setembro 03, 2007

E se hoje te dissesse que te enganei? Se te dissesse que te menti quando me perguntaste se eu sentia a tua falta, se eu pensava em ti, se eu alguma vez, nem que fossem 5 minutos, tinha aberto os olhos, à noite, de um sono profundo e pensado em ti. Se te dissesse que rasguei a carta que escrevi para ti a dizer que te amava, o que farias? O que farias se te dissesse que todos aqueles telefonemas que recebias sem ninguém dizer uma única palavra eram meus? E dizer-te que estavas certo, que eu nunca amei o homem com quem vivi, que ele foi a única escapatória que eu encontrei para não ter de me cruzar contigo num dos caminhos da minha vida. Porque eu pensava que tu não me amavas o suficiente, que não me amavas como eu te amava. Porque eu pensava que era mais uma, mais uma de uma lista infinita de mulheres que tinham caido nos braços, mais uma que tu irias facilmente trocar pelas tuas "amigas". E eu não queria sofrer. Aliás, eu tinha medo, pavor, pânico de voltar a sofrer outra vez e outra e outra vez. Estava errada e hoje sei-o. Desculpa-me mas foi a solução que encontrei. Passaram 2 anos e o nosso amor, Aquele, há muito que está morto. Vivem ainda e apenas na minha memória a lembrança de alguns momentos, daqueles que eu fiz questão de me ir lembrando e não esquecer. Vivem apenas estas memórias. E hoje, quando me beijaste nada significou. Senti o mesmo vazio na alma e no coração que sentia antes de te beijar, a mesma sede por não ter água que beber, a mesma dor que há muito percorre o meu corpo. E hoje, saber que as minhas palavras e os meus actos te fizeram chorar quando eu pensava que tu não choravas; e saber que, afinal, me amaste foi o pior que me pudeste dizer, pior ainda do que me dizeres que nunca me amaste.
Tu escolheste o teu caminho e eu escolhi o meu. As nossas vidas seguiram rumos diferentes, linhas que nós traçámos de maneira diferente, porque sempre fomos diferentes. Hoje, a única coisa que nos une é sabermos que, um dia, outrora, abrimos o nosso coração um para o outro. E se tivesse de resumir tudo numa palavra e dizê-la em dois segundos, dir-te-ia apenas Amei-te.

domingo, setembro 02, 2007

Corneille

Chama-se Corneille e foi de uma músicas dele que eu retirei a frase que tenho no blog: "...et cela peut importe que tu sois, ou pas, de ma couleur mais d'une autre ce sera toi et moi ensemble que le monde veuille ou pas...". Depois dum CD de R&B/Soul em francês, Parce qu'on vient de loin, ele resolve cantar ao nosso ouvido no mesmo género, mas desta vez em inglês, em Birth of Cornelius. Back to Life e Too much of everything são duas das músicas deste novo CD, que eu acredito ser tão bom ou melhor do que o primeiro. "Love is so powerful", porque não celebrá-lo?
Kiss




"- Só tenho mais uma camisola - disse ele, quando chegámos ao quarto. - Podes ficar com ela. Amanhã compro uma para mim.
- Colocamos as roupas em cima do aquecedor. Amanhã estarão secas - respondi. - De qualquer maneira, ainda tenho a camisa que lavei ontem.
Por alguns instantes, ninguém disse nada.
Roupas. Nudez. Frio.
Ele, finalmente, tirou de dentro da pequena mala uma camisola.
- Isto dá para tu dormires - disse.
- Claro - respondi.
Apaguei a luz. No escuro, tirei a roupa molhada, estendi-a em cima do radiador e girei o botão até ao máximo.
A claridade do lampião lá fora era suficiente para que ele pudesse ver o meu vulto, saber que eu estava nua. Vesti a camisola e enfiei-me dentro da minha cama.
- Eu amo-te - ouvi-o dizer.
- Estou a aprender a amar-te - respondi.
Ele acendeu um cirgarro.
- Achas que vai chegar o momento certo? - perguntou.
Eu sabia do que é que ele estava a falar. Levantei-me e fui-me sentar na borda da cama dele.
A ponta do cigarro iluminava o rosto dele de vez em quando. Ele agarrou na minha mão e estivemos assim por uns momentos. Então, acariciei os seus cabelos.
- Não devias perguntar - respondi. - O amor não faz muitas perguntas, porque - se começamos a pensar, começamos a ter medo. É um medo inexplicável, nem adianta tentar colocá-lo em palavras. Pode ser o medo de ser desprezada, de não ser aceite, de quebrar o encanto. Parece ridículo, mas é assim. Por isso não se pergunta - faz-se. Como tu mesmo já disseste tantas vezes, correm-se os riscos.
- Eu sei. Nunca perguntei antes.
- Tu já tens o meu coração - respondi, enquanto fingia não ter ouvido as suas palavras. - Amanhã podes partir e lembraremos sempre o milagre destes dias; o amor romântico, a possibilidade, o sonho.
in "Na Margem do Rio Piedra eu Sentei e Chorei" de Paulo Coelho