quarta-feira, setembro 30, 2009

L Town

Talvez com 22 anos seja mais sábia, talvez não. De qualquer maneira, isto não é uma fuga das vicissitudes da vida como resultado de uma possivel sapiência. É apenas uma pequena viagem para quem, talvez, precise de uma. Não para esquecer algumas das vicissitudes da vida porque elas continuam mas, simplesmente, para parar por momentos e me relembrar que tudo se resume a este mundo e a muitos outros, a esta viagem e a muitas outras.
Assusta-me, por momentos, saber que não te poderei falar enquanto lá estiver mas, a verdade é que cá, ou lá, tu e eu nunca vivemos no mesmo país, no mesmo mundo. Já antes tinha dito que começava a estar farta de viajar sempre ao teu encontro, ao invés de seres tu a apanhar um avião e me vires ver. Agora, acho que me fartei ainda mais. Tu não precisas de mim, por isso para quê ficar?
Depois desta viagem, que não é de certo ao teu encontro, logo se vê o que farei com as malas que levo sempre que viajo para junto de ti...

London here I come...


segunda-feira, setembro 14, 2009

domingo, setembro 13, 2009

Presente do Indicativo

NÃO acredito que existem pessoas que não sabem amar. Pelo contrário. Acho que todos nós sabemos, mesmo que seja à nossa própria maneira e acredito que todos nós damos uma importância diferente ao Amor. Não creio que seja certo dizer-se que alguém não sabe amar. Há simplesmente aqueles que amam, aqueles que são amados e aqueles que se deixam amar. E é aqui que reside a diferença, a diferença de se sofrer ou não por amor.

OLHO à minha volta e acredito que algumas pessoas nunca tenham sofrido muito por amor em comparação com outras. Outras, acredito que já sofreram bastante. Não quero com isto dizer que aquele que não tenha sofrido tenha amado menos do que aquele que sofreu bastante. A diferença está na importância que ambos atribuem ao próprio Amor e no modo como o vivem. Há quem não consiga viver sem ele pois ama sempre, incondicionalmente, e há quem viva bem com ou sem, quem se sinta sempre amado e se deixe amar.

AMAR talvez não seja para todos nós, mas o Amor sim, independentemente do tempo que ele demore a chegar. Afinal de contas, todos temos o direito a sentir borboletas dentro da barriga. Todos temos direito de encostar a nossa cabeça e ouvir o bater de um coração que não seja o nosso. Todos temos o direito de sermos invadidos pelo olhar de alguém que nos faz sentir bem. Todos temos direito a um beijo, quer nas noites quentes e frias, quer nos dias de sol ou de chuva. Todos temos direito a um abraço em noite de lua cheia. Todos temos direito a viver plenamente os momentos e a acreditar que nada mais importa para além daquilo.

O Amor é para todos, até mesmo para o maior dos criminosos. A única diferença em Amar, Ser Amado ou Deixar-se Ser Amado está em conjugar o verbo amar no Presente do Indicativo ou nunca conjugá-lo.

domingo, setembro 06, 2009

Um dia, não importa quando, também vai chegar a tua vez...

sábado, agosto 29, 2009

Falta tempo

SEMPRE achei que as lágrimas nunca secassem quando gostamos de alguém e essa pessoa nos deixa, mas descobri que estava errada. As pessoas deixam-nos, as lágrimas rolam mas, mais dia ou menos dia acabam por secar. Já não se chora compulsivamente. Já não caem lágrimas quando, simplesmente, pensamos nessa pessoa.
O Domingos Amaral escreveu um livro que se chama Já ninguém morre de amor e eu acho que é verdade. Morria-se, agora já não se morre. Chora-se, sofre-se, mas a vida segue em frente. Aliás, a vida tem sempre de seguir em frente. Os Homens e as Mulheres de hoje já não perdem tempo com os amores de Hoje que não dão certo, pois sabem que Amanhã há um novo amor que pode espreitar por entre a esquina de uma qualquer rua pela qual se passa, de um qualquer caminho por onde se anda.
DISSE-TE que esperava que me dissesses algo, que simplesmente me dissesses quando e eu ía. Não te falei mais, fora um mero olá que nunca faz mal a ninguém e que, mesmo se não for correspondido, eu sempre achei que relembra ao outro que ainda cá estamos e que ainda nos lembramos. Foi isso que fiz contigo. Tu, nada.
ONTEM fiz um esforço enorme para não me lembrar de ti, para não pensar em ti, fora quando estava na parte detrás de um carro, encostada num ombro amigo, a falar de ti e a percorrer as ruas de Lisboa à procura de um lugar vazio para estacionar o carro no Bairro Alto. Depois, depois tentei esquecer-te e, acho que consegui. Não te procurei pelas ruas do Bairro, não pensei sequer que te poderia encontrar. Como podia se tu foste embora? Se tu viraste costas e disseste que tinhamos de acabar?
Ontem não te procurei, mas também não procurei ninguém porque és tu e a recordação de ti e de nós que ainda preenchem o vazio que sinto nas noites. É a tua existência em mim que me faz sentir a tua falta.
HOJE disseste-me olá e eu não respondi. Não estava. E as lágrimas, por ti, afinal ainda não secaram...Falta tempo.