quarta-feira, abril 25, 2007

Diário DELA

"Tu não percebes. Não consegues perceber que és mais importante na minha vida do que qualquer outra coisa. Será que ainda não te dei as provas suficientes? Mas não consegues perceber isto. Tu não percebes que eu, por mais que goste de ti, não vou abdicar da minha vida pessoal. Eu tenho as minhas amigas, os meus amigos, a minha vida social e, por mais que esteja contigo, não vou deixar de apreciar estes momentos. São os meus momentos, os momentos da minha vida para estar sem ti. Eu gosto de ti e também gosto dos meus amigos, que apareceram na minha vida antes de tu apareceres. Será tão difícil perceberes isto? E quando abdico da tua presença e saio com eles amuas. Amuas e fazes birra, tal e qual um bebé. E é aí que te digo para vires comigo, mas tu dizes que não. Dizes que não e continuas amuado, à espera que eu os deixe e vá ter contigo onde quer que tu estejas. Não! Esquece! Não o vou fazer. No dia seguinte, a muito custo, vens a minha casa. Continuas com a birra, mas mais soft. Ignoras-me por uns minutos mas depois não me resistes. Homens...! Gastamos uns preservativos e a birra passa-te. Dizes que me Amas enquanto estamos os dois bem juntinhos e perguntas se te Amo. Estúpido! Claro que Amo...
O telemóvel toca e tu não atendes. Um minuto depois ouve-se o barulho de uma mensagem a chegar ao teu telemóvel. Agora já estendes o braço e pegas no telemóvel para ver. Pergunto-te de quem é e dizes que não é ninguém. Tá jovem! “Quem é a cabra?”, pergunto-te. “Não sejas parvinha!”, respondes. “Não sejas mentiroso” digo eu. “Não comeces...”. “Eu é que estou a começar...”. Saio da cama. “Era a Clara...”. Mania de elas se chamarem sempre Claras... “O que é que essa queria?” pergunto, enquanto volto para a cama.... O telemóvel volta a tocar e tu olhas para mim. “Fazes o que quiseres!” digo-te. Pões o telemóvel de lado e voltas a abraçar-me. “É por estas e por outras que eu te amo!”, dizes-me. Dás-me um beijo e abres a gaveta da minha mesa de cabeceira...Agora é a vez de fazer a minha birra passar..."

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