quinta-feira, abril 26, 2007

Hoje é dia Não

Dou voltas e voltas na cama. Estou deitada há uma hora e ainda não consegui adormecer. Na minha cabeça não passa nada, não sai nada, nem entra nada, mas ela é, ao mesmo tempo, uma máquina de lavar de pensamentos, um turbilhão das minhas ideias. Ela é uma máquina que não quer parar.
Não sei porque liguei o rádio para ouvir o Ocenao Pacífico. Desligo-o. E a noite, a noite parece que não tem fim. Pudera eu agora adormecer e voltar a acordar, fazendo o relógio da minha vida girar. A volta de 180º graus. Por fim adormeço, mas nem tempo suficiente tenho para sonhar. Acordo às 3.30 da madrugada e o meu martírio re-começa. Dou voltas e voltas na cama e a noite parece que não tem fim. É o meu calvário.
Abro os olhos. Fecho os olhos. Viro para a esquerda. Viro para a direita. Tapo-me. Destapo-me... Levanto-me e vou à janela. Olho lá para fora 2 segundos e volto para a cama. São 5 da madrugada e o despertador vai tocar daqui a uma hora. Já não vale a pena dormir...
Acordo com o despertador pouco tempo depois, com a sensação que fechei os olhos por um minuto e os voltei a abrir. Não quero sair daqui. Quero ficar onde estou. Não quero ir para onde sei que vou. Hoje é dia Não, já o senti. E nem os raios de sol da primeira manhã de liberdade me curam deste meu karma, que não mata mas dói. Afinal, parece que muitos temos aquilo que não merecemos...
Hoje é dia Não, já o senti.

Sem comentários: