quinta-feira, julho 12, 2007

Quantas?

Quantas vezes te disseram palavras em vão que te magoaram? Quantos foram os actos que, num momento, te fizeram construir um mar de verão profundo, quase que impossível de mergulhar? Quantas foram as pessoas que, por dizerem o que disseram, te fizeram acreditar que nada valeria a pena, que por mais que tentasses não conseguirias atingir o que querias? Quantas te disseram que sim quando, na realidade, o que tu vías nos olhos delas era um não? Quantas pessoas te amaram no passado sem tu saberes? Quantas te amam hoje e tu também não o sabes? Quantas amaste? Quantas ainda amas? E destas que tu amas, quantas te dizem "olá, fazes-me falta"? Quantas te falam? Eu pergunto-te! Quantas?
Foram muitas as palavras que me disseram em vão que me magoaram. Foram muitos os actos que, em vários momentos, me fizeram construir um mar de verão, de primavera, de outono ou de inverno, um mar profundo, impossível de mergulhar. Foram muitas as pessoas que, por dizerem o que disseram, me fizeram acreditar que nada valia a pena. Depois lá eu pensava que bastava eu acreditar para que as coisas pudessem acontecer. Continuava a acreditar e continuava a lutar, até alguém tentar fazer com que eu acreditasse que seria impossível ou até conseguir o que queria. Muitas pessoas me disseram que sim, quando na realidade eu sabia e via nos olhos delas o Não especado, a certeza de que eu, por mais que tentasse, nunca iria conseguir. Algumas talvez tenham ficado surpreendidas quando conseguia, outras talvez estejam, até hoje, a dizer a si mesmas "afinal, eu tinha razão. Ela não conseguiu".
Talvez me tenham amado no passado sem eu saber. Talvez me amem hoje e eu também não o saiba. Quantas amei? Algumas! Quantas ainda amo? Nenhuma. A nenhuma delas eu disse "amo-te", por mais que tenha dito "olá, fazes-me falta", sem ter uma resposta na mesma moeda. Mas se me perguntarem quantas vezes eu ainda penso em quem já amei, a resposta é, de certeza "Muitas". Mas não importa agora. Nada disto importa. Quero apenas acreditar na certeza de que o Sol radiante de Verão entra por estas janelas e me acorda, que me acorda depois de uma noite mal dormida, depois de uma noite passada a construir mares, tantos que eu nunca sonhei construir. Quero apenas acreditar...E Hoje? Hoje já não me apetece responder a mais perguntas!
Kiss,
Isma

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