Em Dezembro de 2006 a Luísa Castel-Branco na crónica do Destak publicou este texto. Eu postei-o aqui neste blog, em homenagem àqueles que tinham desistido naquela semana. Não o postei por ser eu a desistir porque naquela altura ainda tinha forças suficientes para contrariar a desistência. Mas eu cansei-me e, por mais que não me apeteça desistir, por mais que me apeteça voltar a lutar, talvez tenha chegado a altura de fazer o que o meu coração não quer. Esta é a decisão que a minha razão toma, mas nunca e eu repito, nunca, a decisão que o meu coração tomou...A minha razão diz-te "Adeus" mas o meu coração, esse sempre te dirá "Até já"... "Desisto de ti porque até o amor tem limites, tem um fim anunciado, mesmo quando não acaba. Desisto de ti com a mesma força com que amei e por isso tenho a alma rota, o coração guardado numa caixa, com fotos, cartas e outras coisas ridículas. E aqui estou eu. E é como se fosse invisível esta dor insuportável que me aperta o peito e me fixa o olhar como se estivesse drogada, dopada e incapaz de ser mais do que esta representação de mim mesma. Desisti de ti e comuniquei-o a todo o meu corpo. Disse à minha pele que esquecesse a tua, o teu perfume afinal nunca existiu e os meus ouvidos nunca reconheceram os teus passos na escada. Mas apenas a minha cabeça compreende perfeitamente esta decisão. O resto de mim foi-se embora e não sei quando voltará, porque leva tempo a habituarmo-nos à tua ausência, a mim e ao meu corpo e à minha alma. Quanta gente sentirá o mesmo? O amor é sempre igual, mesmo quando é diferente. A urgência do outro, do corpo do outro, da voz e do sei lá que mais, tudo é igual em quem ama. Por isso a separação também é idêntica. E neste preciso momento uma boa parte da humanidade tem os olhos vazios, este amargo na boca e aperto no estômago. É engraçado saber-me acompanhada por desconhecidos. É engraçado e irónico que entre essa multidão não estejas tu. Desisti de ti e tu nem sequer o percebeste... Apenas um número de telemóvel retirado da lista, apenas alguém que te fez rir e ter prazer. É este o resumo da minha história. Engraçada, não é?"
domingo, julho 01, 2007
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1 comentário:
Ora bem:
"Se Thomas Edison tivesse desistido após mais de 1.000 tentativas frustradas, não teríamos a lâmpada a iluminar-nos."
Já viste se o sacana tivesse desistido? Andava aqui cheia de velinhas, mas agora que penso bem até era romântico, bom... não dava era muito jeito.
Hummm... e se em vez de desistires carregares simplesmente no pause? Tipo um jogo... quando já estás farta e achas que não há mais alternativas e que não consegues passar para o próximo nível, pões pause... 'tás a ver a cena? =P
Bju u u u u *
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