Sabes o que me custa? É saber que tem mesmo de ser, que tenho mesmo de te esquecer. Por mais que as imagens, vezes sem conta, apareçam à minha frente quando não quero vê-las, tenho mesmo de te esquecer. Desisto e guardo comigo apenas os bons momentos. Os menos bons, esses, se calhar sem eu querer, estão quase que apagados. Quando se gosta, perdoa-se... E se eu não sou tudo para ti, se eu sou nada para ti, então não deverão existir lágrimas a percorrer a minha face e eu não deverei perder o meu sono. Este é o último post para ti, para ti que nem sabes porque what happened in 2006 stays in 2006...
terça-feira, dezembro 26, 2006
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1 comentário:
Ódio por ele? Não... Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto...
Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!
Ah! nunca mais amá-lo é já bastante!
Quero senti-lo d’outra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele? Não... não vale a pena...
Florbela Espanca - Ódio
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