sábado, novembro 28, 2009
Nightdreaming
Talvez com esta minha mais recente opção, com esta mais recente escolha de caminho te esteja a perder, mas aquilo que ganhei com a tua presença na minha vida ultrapassa até o facto de, talvez, nunca mais te voltar a tocar, de nunca mais te voltar a beijar, de nunca mais te ver a sorrir perto de mim...Mas mesmo se isso acontecer, tenho a sorte de ter gravado na minha memória e no meu coração todos os momentos que ganhei contigo...
P.S.: Vou ficar à espera, à tua espera...Afinal de contas, foi um "até já"!
quinta-feira, novembro 26, 2009
Between Bakerloo and Central
quarta-feira, novembro 11, 2009
sexta-feira, novembro 06, 2009
quinta-feira, novembro 05, 2009
quarta-feira, outubro 21, 2009
quarta-feira, outubro 14, 2009
Raise a Child
Antes de existir um adulto, há uma criança. E se, por vezes, aos adultos é difícil ensinar-lhes certas coisas, a uma criança é ainda mais difícil.
Estes dias tenho-me deparado com as birras da minha sobrinha de 3 anos, ou 4 anos, segundo o que ela diz a toda a gente quando lhe perguntam a idade. Para além de estar na idade dos porquês (why? why? why?) está na idade de adquirir boas maneiras. Ensinar uma criança de 3 anos a dizer Boa Noite às pessoas ou, simplesmente, ensinar-lhe que as coisas não podem ser como ela quer que sejam é difícil. Aliás, muito difícil. Se nem aos pais ela respeita ainda muito, porque também eles estão a tentar dar-se ao respeito, quanto mais a mim…
A semana passada tive de elevar um bocado o volume da minha voz à minha sobrinha, coisa que raramente faço. Depois começou a chorar, porque é extremamente sensível como a Titi dela e chora por tudo e por nada, basta elevarem o volume da voz quando falam para ela. Tive pena dela e de a ver chorar, mas mantive a minha postura até ao fim. Depois, ficou tudo bem. Claro que quis ir fazer queixinhas ao pai dela, como faz queixinhas à mãe quando o pai se zanga com ela, na tentativa desesperada de um salvador, porque ainda acredita que ela e os comportamentos e atitudes que têm são os correctos.
É nestes momentos que tenho a certeza de que não quero ter filhos já e de que as minhas prioridades ainda não passam por dar à luz uma criança e educá-la. É que, parecendo que não, dá algum trabalho. E não estou a falar apenas de ensinar que se deve pedir para fazer xixi ou cócó na casa de banho quando se tem vontade ou de que não se devem atirar as coisas para o chão. Estou a falar daquelas birras que as crianças, como a minha sobrinha, Touro de signo, fazem por lhes estarem a contrariar. Choro, a tender para o grito, mais conhecido por pretend crying cá em casa, durante 4 minutos; intercalados por chamamentos como papi ou mami ;acompanhados de espernear das pernas, pulos no sofá ou imediato contacto com a superfície terrestre; e contactos corporais com outras pessoas que não sejam os seus progenitores.
Bad boys
Yeah the bad boys are always catching my eye
(Ooh Way, Ooh Wah)
I said the bad boys are always spinning my mind
(Ooh Way, Ooh Wah)
Even though I know they're no good for me
It's the risk I take for the chemistry
With the bad boys always catching my eye
(Ooh Way, Ooh Way, Ooh Wah)
Oooooh, bad boys
domingo, outubro 11, 2009
Obsessed
terça-feira, outubro 06, 2009
Crash
segunda-feira, outubro 05, 2009
quinta-feira, outubro 01, 2009
By The Thames
Nao sei se foi dos ares do Tamisa, se da temperatura amena de Londres enquanto as folhas das arvores caem na avenida de Temple a Blackfriars, mas a verdade e que talvez esta viagem tenha servido para algo.
Hoje, quando estava sozinha naquela sala a espera que me chamassem para a entrevista, achei que era doida. Tinha saido do meu pais e tinha vindo para outro, que em nada tinha a ver com o meu, falar uma lingua que em nada e parecida comigo, para uma entrevista para um hospital que nada tem a ver com aqueles onde eu estive e onde as entrevistas nao se assemelhavam, em nada, aquelas que ja tinha tido. Tinha andado quase que perdida dentro daquele hospital, vendo a hora passar e pensando se nao conseguiria encontrar o A.C.E.E.S.S. e se esta viagem a Londres tinha sido em vao. Tinha chegado ontem, dormido apenas 5 horas na noite anteior e nas restantes, carregando uma mala de ombro que continha o meu portatil e, na outra, a mala de 20 kilos que, apesar de tudo, ainda tinha rodinhas. Tinha estado quase que perdida no meio de uma cidade, sem libras e sem dinheiro no telemovel portugues para que me pudessem contactar. Depois de tudo isto, Sim! Talvez seja doida, maluca, o que quiserem chamar. Eu, fico-me pelo corajosa porque e corajoso qualquer um que venha para esta cidade a procura dos seus sonhos e da sua propria gloria...
quarta-feira, setembro 30, 2009
L Town
London here I come...
segunda-feira, setembro 14, 2009
domingo, setembro 13, 2009
Presente do Indicativo
sábado, agosto 29, 2009
Falta tempo
domingo, agosto 23, 2009
quarta-feira, agosto 19, 2009
sexta-feira, agosto 14, 2009
She Zebra
P.S.: Gosto especialmente da parte "Wild Ass" ahahaha
quarta-feira, agosto 12, 2009
domingo, agosto 09, 2009
Raíz do Passado
sexta-feira, agosto 07, 2009
Menina fantástica
quinta-feira, agosto 06, 2009
segunda-feira, agosto 03, 2009
Um bom amante
Prepare os ingredientes: quarto com pouca luz e algumas velas. Escreva em 5 ou 6 papéis uma palavra que o caracteriza (ou algo que quer que ele lhe faça). Dispa-se e, antes de ele chegar do trabalho, cubra o seu corpo com um óleo de massagens comestível (comprado numa qualquer Sex Shop) e espalhe pelo seu corpo em locais estratégicos (escuso de dizer quais são. Deixo ao seu critério) os papéis. Depois, dê asas à criatividade que reside em si e deixe-o louco. Não se esqueça de que ele tem de guardar na memória o que acontecer (a avaliação só é feita dias mais tarde!). Boa sorte e seja uma boa amante!
quinta-feira, julho 30, 2009
A palma e a mão
João Pedro Pais - A palma e a mão
terça-feira, julho 28, 2009
Acordar
segunda-feira, julho 27, 2009
Incerteza
A fé dos Homens
quinta-feira, julho 23, 2009
Boy or man
segunda-feira, julho 20, 2009
Só de Ida
terça-feira, julho 14, 2009
domingo, julho 12, 2009
Pensar antes de agir
Há momentos da nossa vida em que não sabemos o que fazer, em que não sabemos que caminho tomar. Nestes momentos, paramos. Paramos para pensar seriamente no próximo passo, para pensar nos prós e nos contras, para pensar no que vamos ganhar mas, também, no que podemos perder. Usamos a balança e os dois pratos que nela existem.
Há momentos da nossa vida em que os dias parecem correr, o tempo parece passar e nada muda. Ao nosso pensamento não emana nenhuma decisão. E nós continuamos a querer pensar para não agirmos em vão, para não nos arrependermos, mais tarde, de decisões tomadas no calor do momento e pela pressão com que nos exigem que as tomemos.
Há momentos da nossa vida em que nós, apesar de sabermos que aquilo que queremos não tem futuro, não nos queremos desprender dessas mesmas coisas. O mesmo acontece com as pessoas…
Tomar decisões é difícil. Mudar de vida é difícil. Ter a capacidade de dizer que Sim a algo que queremos e dizer Não àquilo que também queremos, é difícil. Ter a capacidade de colocar a nossa vida profissional à frente da nossa vida pessoal e amorosa e do que sonhámos viver, é difícil.
Gosto de tomar decisões em vão, é verdade. Sempre gostei, mas acho que isso fazia parte de uma juventude. Hoje sou, mais do que nunca fui, confrontada com o sentido de responsabilidade, com o sentido de tomada de decisão. Sou confrontada com a minha completa autonomia para saber aquilo que quero e o que não quero, para pensar no futuro e dizer, hoje, ‘isto não me faz feliz’ ou ‘isto faz-me feliz’.
Tenho 21 anos e acho que nunca fui tão adulta como o sou agora. Dou por mim a dar conselhos a uma amiga minha de 11 anos sobre as saídas nocturnas e os jovens de hoje. E ela, com a sua ainda inexperiência de uma adolescência que está prestes a ser vivida diz-me “pareces uma velha a falar quando dizes ‘eu já tive a tua idade’”. É verdade! Pareço uma velha porque sou mais velha do que ela, porque já vivi mais coisas na minha vida do que ela. Hoje, compreendi o que ela quis dizer com o “pareces uma velha”… Foi o mesmo que dizer-me que eu já era uma adulta, não tanto como a mãe dela, mas já falava como a mãe…
Há momentos da nossa vida em que, quando não sabemos o que fazer, nem que passo ou caminho tomar, não é por querermos deixar que as coisas corram e fluam ao natural. É simplesmente porque somos adultos e, como todos os adultos, pensamos antes de agir.
terça-feira, julho 07, 2009
Now or Never
Did you say it? 'I love you. I don't ever want to live without you. You changed my life.'
Did you say it?
Make a plan. Set a goal. Work toward it, but every now and then, look around; Drink it in 'cause this is it. It might all be gone tomorrow.
quarta-feira, julho 01, 2009
Fácil ou Difícil?
Há mulheres que facilmente se apaixonam. Que se apaixonam pelo rapaz mais giro da escola e, mais tarde, pelo homem mais bem parecido do sítio onde trabalham. Invejo-as pela capacidade que têm em se apaixonar por quem quer que seja mais do que as invejo por quem se apaixonam. O rapaz mais giro da escola é, muitas vezes, mais tarde, de longe o homem mais bem parecido. O rapaz mais giro da escola é aquele homem meio careca meio cabeludo, com barriga de cerveja e com um look que ele considera fashion, o mesmo look que tinha quando andava na escola.
Há mulheres que se apaixonaram pelos rapazes mais giros da escola e hoje são felizes com o homem meio careca meio cabeludo, com barriga de cerveja e completamente ultrapassado na moda. E acredito que estas mulheres continuem a ver nestes homens a mesma beleza que viam quando eles ainda eram rapazes. Na realidade, o amor tem destas coisas…
Os homens mais bem parecidos do sítio onde se trabalha nem sempre foram assim: cobiçados pelas mulheres, com uma capacidade inata de sedução, adeptos da moda e metrossexuais da ponta dos cabelos à ponta da unha do pé. Eles eram, talvez, aqueles rapazes que na escola ninguém reparava, por quem todos passavam e a quem nunca ninguém via. Aqueles que usaram aparelho, que talvez foram obesos, que não jogavam à bola com meninos famosos porque eles não os queriam no grupo. Ao invés disso, jogavam talvez à apanhada com as raparigas, ao berlinde ou então ficavam encostados à parede ou sentados num banco a verem os outros jogar. Acredito que poucas raparigas se apaixonem por estes rapazes. Algumas nem os vêem, não sabem os nomes deles enquanto eles, escrevem e seguem todos os passos delas. Na verdade, o amor tem destas coisas…
O amor tem disto, de nos apaixonarmos facilmente, de continuarmos facilmente apaixonados e de querermos, com facilidade, continuar a estar apaixonados. Mas o amor também tem dificuldade. A dificuldade de tentarmos dia-após-dia que não nos apaixonemos, a dificuldade de manter uma paixão acesa. Será então o amor fácil? Não! O amor não é fácil nem difícil. As pessoas que se apaixonam é que o são: fáceis ou difíceis e, mediante o que são, assim tornam as suas relações.
sexta-feira, junho 26, 2009
domingo, maio 31, 2009
Como o vinho do Porto...
domingo, abril 26, 2009
Solteiras(os) e Enamoradas(os)
quarta-feira, abril 15, 2009
Ditadura Sexual
O mundo está farto de histórias de “Era uma vez…e viveram felizes para sempre”. O mundo está farto de romances bonitinhos em que não se fala em sexo, em quecas e em fodas e só se fala no Amor, porque o Amor é lindo. Poupem-me! O Amor é lindo, sim, quando se ama mas, às vezes, nem todos amamos. E o sexo? Bem, o sexo, as quecas, as fodas, as relações ultra-sensoriais, também são lindas e pouca gente fala delas. Continuo sem perceber porque razão se pode falar de política nos transportes públicos, porque razão cada pessoa pode mostrar as suas preferências políticas quando, muitas das vezes, nem sequer se chega a votar porque não se sabe em quem votar. Continuou sem perceber porque se pode falar de política e não se pode falar de sexo. Aliás, pode-se, mas fala-se baixinho porque a pessoa ao lado ou atrás de nós não nos pode ouvir. Sexo, pxiu. É uma palavra muita feia. Não é politicamente correcta de ser dita. Queca e foda, muito menos. Isso não existe. O que existe é o Amor. Ninguém dá uma queca, nem uma foda. Ninguém faz sexo na realidade, por isso é que continuam a existir mulheres grávidas e adolescentes também. Poupem-me. Acredito que sejam mais as pessoas que fazem sexo, dão umas quecas e umas fodas e não conseguem sequer dizer estas palavras, do que aquelas que votam e falam de política nos transportes públicos.
terça-feira, abril 14, 2009
sábado, abril 11, 2009
Uns riscos e outros não riscados
Conhecemos pessoas. Falamos com essas pessoas. Estamos com essas pessoas. Divertimos-nos com essas pessoas. Passamos bons momentos com essas pessoas. Quando assim acontece, queremos estar com elas. Depois, depois existem aquelas pessoas que conhecemos, com as quais falamos e estamos e não queremos estar com elas por um qualquer motivo. Não temos todos de gostar de estar com todas as pessoas que conhecemos. Não somos obrigados. Existem aquelas de quem gostamos e outras de quem não gostamos. Existem aquelas com quem mais simpatizamos e aquelas com quem menos simpatizamos. Depois, por fim, existem ainda aquelas pessoas que conhecemos, com quem falamos, com quem estamos, com quem nos divertimos, com quem passamos bons momentos, mas que, para nós, é indiferente estar ou não estar com elas ou, para elas, é indiferente estar ou não estar connosco. Se estivermos tudo bem, se não estivermos, as águas e as ondas do Tejo não se aumentarão… Tanto faz. E, tanto faz, é o estado dos que se deixam levar.
Às vezes, é difícil estarmos com as pessoas com as quais gostamos de estar. A vida que temos, o nosso dia-a-dia leva-nos, por vezes, a atribuir as culpas ao tempo que não temos ou ao nosso cansaço. Às vezes ‘não temos mesmo tempo nenhum’ ou ‘estamos mesmo muito cansadas’, que só nos apetece arranjar tempo para nos deitarmos no nosso sofá, arranjar tempo para fazer o jantar, para ir a trinta minutos no Viva Fit ou até mesmo para irmos ‘num instantinho ao Fórum porque precisamos mesmo’. Trinta minutos no Viva Fit, mais trinta minutinhos no Fórum para comprar não sei o quê, mais quinze minutos em que nos deitamos no sofá e mais quarenta minutos para fazer o jantar. No fim, façam contas e vejam o ‘tempinho’ que arranjámos quando ‘não tínhamos mesmo tempo nenhum’ ou ‘estávamos mesmo muito cansadas’. Eu, por vezes também me incluo nesta categoria: não tenho mesmo tempo ou estou mesmo muito cansada. Outras vezes, outras vezes é simplesmente porque não me apetece. Porque quero estar sossegada no meu canto, comigo mesma, com os meus botões ou o fecho do meu casaco. Por vezes é, simplesmente, porque não quero que chateiem, porque queria apenas poder chegar a casa e ter alguém que estivesse deitado no sofá, a ver um episódio da Anatomia de Grey, e que me abraçasse, quando eu também me deitasse no sofá. Às vezes, é difícil estarmos com as pessoas com as quais gostamos de estar porque apenas gostaríamos que uma outra pessoa que gostasse de nós quisesse estar connosco.
Às vezes, também é difícil não estarmos com as pessoas de quem não gostamos muito. Por vezes, não sabemos como dizer que não, já estivemos no lado de lá, e a nossa voz pronuncia um ‘sim’. O difícil não é dizer que ‘não’, mas sim de que forma dizemos que ‘não’. Isto principalmente se a pessoa estiver apaixonada por nós. Não é um ‘não’ que ela não consegue lidar. Aliás, o difícil não é ouvir um ‘não’, mas sim o que vem depois do ‘não’. Para ouvir um ‘não’ podemos estar preparadas, mas para lidar com as consequências desse ‘não’, às vezes não estamos. Por isso, às vezes, prefiro dizer ‘logo se vê’, que acaba por ser um não camuflado e que pode ter duas percepções: uma, o estar a dar-se esperança, outra, o estar a mostrar desinteresse. Por vezes questiono-me se não é mais fácil, dizer logo que não, mesmo sabendo o que a outra pessoa pode vir a sentir, o que ela pode vir a sofrer.
Depois vem a terceira dificuldade. A dificuldade em estar com as pessoas com as quais gostamos de estar, mas que nos parece ser indiferente para elas estarem ou não estarem connosco. Ou, então, a dificuldade de algumas pessoas estarem connosco porque, para elas, é indiferente estarmos ou não estarmos. E aqui, aqui o difícil é estarmos, constantemente, a tentar aproximar-nos e travarem-nos sempre. Difícil é quando não nos deixam sequer chegar perto, nos colocam uma barreira no exacto momento da nossa aproximação. E nós resistimos. Resistimos e continuamos a tentar esta aproximação. Continuamos a demonstrar àquela pessoa que queremos estar com ela, mesmo que ela continue a tentar afastar-nos. É, talvez, um jogo de futebol. Tentamos levar a bola para a frente e marcar golo, mas não conseguimos, salvo raras vezes. Não conseguimos porque a bola sai de campo e, aí, o guarda-redes da equipa adversária pontapeia-a para o nosso campo. E aí, aí voltamos a percorrer o campo com a bola nos pés e a tentar, de novo, marcar golo. É um jogo, sim. É um risco, também. É o risco de os jogadores ficarem cansados, de podermos não ter mais suplentes nem um treinador que nos oriente. É o risco de perdermos o jogo nos 90 minutos em que o jogámos, sim. Mas a vida, é um risco. As nossas opções são um risco. Há o risco de errar e de aprendermos com os nossos erros, e há ainda o risco de ganharmos. A questão é: vale ou não vale a pena correr durante 90 minutos num campo, com a bola nos pés, por estes riscos? Vale, claro que vale a pena. Vale porque nunca sabemos se a equipa adversária, a certa altura do jogo, vai deixar de estar sempre à defesa. Não sabemos se, a certa altura do jogo, a equipa adversária não resolve ser mais pró-activa, e também ela jogar ao ataque. E vale a pena corrermos o risco de estarmos com uma bola nos pés porque não sabemos se, no final do jogo, a equipa em que jogámos e a outra trocam T-shirts e abraços e passam as duas à final.
sexta-feira, abril 10, 2009
Make you feel my love
O Amor e o Tempo são casados. Não sei se numa união de facto, se num casamento pela Igreja, mas a verdade é que o são. São, talvez, dos únicos que eu sei que nunca se divorciarão, mesmo se, algum dia, estiverem chateados.
Para amar alguém é preciso tempo. É preciso espera, uma espera que pode ser difícil de ser esperada. Nada se constrói num dia e, muito menos, do dia para a noite, ou numa madrugada de Primavera de céu quase estrelado e uma brisa suave. Amar é como construir uma casa: é preciso um desenho feito pelo arquitecto, depois é preciso que um engenheiro civil avalie os materiais necessários e, depois, são precisos pedreiros, muitos pedreiros. Os arquitectos da nossa construção são os sonhos, os 1001 desenhos que fizemos na nossa cabeça. Os arquitectos somos nós próprios com aquilo que já vivemos e com o que sonhamos poder viver um dia. Depois existem os engenheiros civis, nós próprios também. Avaliamos se é viável amar determinada pessoa mas, a verdade, é que nunca tirámos o curso de engenheiria e, mesmo que vejamos que tal construção é possível de não ser viável, nós dizemos sempre que sim…Afinal, o desenho da nossa construção continua sempre bem presente nas nossas cabeças. Depois, somos também pedreiros. Trabalhamos, dias a fim, na chuva, no Sol, independentemente do tempo que faça lá fora. Construímos, pedra a pedra, tijolo a tijolo, pintamos, colocamos as janelas, colocamos as portas, o telhado. Se, no fim, temos ou não temos casa, isso depende de nós e depende, também, do tempo que fizer lá fora. Se, enquanto trabalhamos como pedreiros chover muito e tudo o que até então construímos se desmoronar é porque não estávamos a construir bem. Houve algo que falhou. Houve uma pedra que não ficou colocada no sítio certo, por exemplo. Aí há que ver o que está mal e re-construir.
Se, enquanto trabalhamos como pedreiros nunca chover e fizer sempre Sol, então nunca vamos poder saber como se a nossa casa irá ser inundada. O Sol faz sempre falta, é verdade, para secar a chuva, pois a única maneira de aprendermos a construir a nossa própria casa é quando o tempo está chuvoso, quando é Janeiro, chove torrencialmente e o vento não pára de empurrar as árvores.
Amar é como construir uma casa. Envolve vontade, querer, desejo em amar, mesmo que não nos sintamos amados. Querer amar é querer construir algo. Querer amar é gravar na memória o sorriso de um momento ou até mesmo o olhar. A cor dos olhos naquele instante em que ele sorria para vocês e vos dizia algo que, por mais parvo que possa ter sido, vos marcou. Querer amar é querer lembrar-se de cada palavra dita quando estavam com ele, sentadas no colo, na quase escuridão de umas escadas de um prédio. Querer amar é gravar o vosso olhar, gravar o olhar no momento em que, quando estavam com ele, vocês pararam, sentiram, viram o que estava a acontecer e pensaram no que dariam para que aquele momento se repetisse sempre, todos os dias. Querer amar é sentir que, também nós, podemos ser amadas, que nos seguram pela cintura para não cairmos, que nos seguram pela mão para subirmos as escadas pelo escuro, que encostam a cabeça no nosso peito. Querer amar é sentir que nos fazem rir e, acima de tudo, é sentir que nos fazem sentir bem.
Querer amar é, por vezes, não saber o que fazer. É viver nesta incerteza e inconstância do faço ou não faço, digo ou não digo porque respeitamos o tempo do outro. Querer amar é uma espera que desespera. Desespera porque, por vezes, não sabemos se estamos a querer amar a pessoa certa e se ela, depois de tudo o que nós fizermos para amá-la, também nos vai amar.
Deixar-se amar é outra coisa. Deixar-se amar é estar aberto ao outro e ao que o outro nos pode dar. Deixar-se amar é não perguntar porquê. É dizer apenas que sim… E, aqui, talvez me atreveria a dizer que que deixar-se amar é o estado de quem não ama ou não quer amar. É, talvez seja, mas é, também, o estado de quem não se importa de deixar-se amar por quem está a querer amá-lo. É o estado de quem se deixa levar…É o estado que, para aquele que quer amar, é difícil compreender…
Sempre ouvi dizer que, numa relação há sempre um que ama e outro que é amado. Numa relação ultra-sensorial talvez exista sempre um que quer e outro que vai querendo…
quinta-feira, abril 09, 2009
Relação Ultra-sensorial
O amor existe e, dentro dele, existe a amizade. A amizade existe e, dentro dela, existem um conjunto ínfimo de relações, tantas com tantos nomes quanto o número de pessoas que colocamos dentro desta categoria que é a amizade, um subcapítulo do amor. Onde colocar a paixão? Não sei… a paixão é uma coisa à parte. É como as relações ultra-sensoriais ou aquelas que a maior parte dos seres humanos gostam de chamar de amigos coloridos, fuck buddies quando ainda não lhe atribuíram um nome. Eu gosto deste que me foi dito esta semana: relação ultra-sensorial. Por isso, resolvi analisar este conceito segundo um Dicionário de Língua Portuguesa:
Relação: dependência; ligação; ligação afectiva ou sexual entre duas pessoas.
Correcto! É, de facto, uma ligação sexual entre duas pessoas, que envolve alguma espécie de afecto (afinal de contas, se não envolve afecto porque razão há sexo?) e, sem sombra de dúvida que esta relação, por envolver uma componente sexual – o sexo – causa dependência.
Ultra-: elemento que significa além de; extremamente; excessivamente. É seguido de hífen quando o segundo elemento tem vida à parte e começa por vogal, h, r ou s.
Sensorial: relativo ao cérebro ou à parte do cérebro chamada sensório.
sensório: relativo à sensibilidade; próprio para a transmissão das sensações; parte do cérebro que se julga o centro comum de todas as sensações.
Correcto! A relação que é sexual, envolvendo afecto, é sensorial. No sexo sente-se tudo e apela-se à sensibilidade de cada um. O mais importante naquele momento é esquecer tudo e sentir, sentir tudo ao máximo. Ser ultra-sensorial implica existir uma transmissão das sensações e um apelo que vai para além do que é normal. É um apelo a todos os nossos sentidos, usando e abusando deles. O sexo vai para além do que é normal e, por isso, é excessivo (será?), fazendo parte de um dos extremos.
P.S. Se calhar, é melhor começar a praticar melhor o ouvir….
sábado, março 21, 2009
Se eu mandasse nas palavras
Como se eu mandasse nas palavras, pediram-me que a dor fosse um sorriso. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me ser louca e ser juízo. Como se eu mandasse nas palavras, falaram-me que a água era o deserto. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me ser o mesmo, o longe e o perto.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta.
Como se eu mandasse nas palavras, quiseram que trocasse Sol por Lua. Como se eu mandasse nas palavras, disseram-me que amar que era ser tua. Como se eu mandasse nas palavras, quiseram que emendasse o que está escrito. Para quê? Se eu mandasse nas palavras, daria agora o dito por não dito.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que eu lhes minta.
Palavras não são só aquilo que eu oiço. Não peçam que eu lhes ganhe ou não as sinta. Palavras são demais para o que posso. Não queiram que eu as vença ou que lhes minta…
Mariza – Se eu mandasse nas palavras
terça-feira, março 17, 2009
Fascínio
segunda-feira, março 16, 2009
O Hubba Bubba da actualidade
“A Hubba Bubba é uma pastilha elástica que surgiu nos anos 70 nos E.U.A. Esta pastilha elástica, ao contrário das outras, é menos pegajosa, daí que seja mais fácil tirar os pedaços dela que ficam na nossa pele depois de fazermos um balão. A maioria dos sabores deste tipo de pastilha elástica são à base de frutas.”
A pastilha Hubba Bubba essa nunca a provei mas o meu interesse por ela surgiu quando ouvi o nome numa música da Kelly Rowland: “I got that come back, the hubba bubba”… Resumidamente, a música dizia que os homens voltam sempre para as mulheres, mesmo depois de, algum dia, terem saído da vida delas. Segundo a música, eles voltam se nós tivermos Hubba Bubba!
O Hubba Bubba , para mim, é o fenómeno dos dias de Hoje. Tal como ela, menos pegajosa e mais fácil de tirar os pedaços que podem ficar na nossa pele, assim o são as relações amorosas do século XXI. Desprendidas do que quer que seja e de quem quer que seja, onde, caso a relação não resulte, seja fácil ‘seguir com a vida para a frente’.
Mas o fenómeno Hubba Bubba é muito mais do que isto. Na realidade, não nos podemos esquecer que, antes do nome, o Hubba Bubba é uma pastilha elástica.
O fenómeno Hubba Bubba é o que eu gosto, fácil e rapidamente de chamar ao fenómeno de retorno de alguém que já saiu da nossa vida, de retorno às origens. Tal como diz o ditado ‘um bom filho à casa retorna’. Ter Hubba Bubba é encarar as relações amorosas como um surfar na crista da onda, indo para onde a onda nos levar, independentemente do modo como estiver o mar. Ter Hubba Bubba é saber deixar os homens sairem das nossas vidas quando eles acham que o têm de fazer. É deixá-los ir, sem os prender, independentemente dos prazeres da vida que tivémos com eles. Ter Hubba Bubba é deixá-los partir e ‘seguirmos com a nossa vida para a frente’, não nos deixando levar pela tristeza e pela melancolia. Ter Hubba Bubba é saber que, tempo depois de eles sairem das nossas vidas, eles vão voltar a entrar nelas pelo seu próprio pé.
Ter Hubba Bubba é simplesmente acreditar que ‘se os homens nos deixam e, tempo depois, nunca chegam a voltar é porque nunca os tivémos, mas que, se sairem e, no Dia Seguinte cá estiverem de novo , é porque sempre os possuímos’.
domingo, março 15, 2009
Pequenos ou Grandes? São Prazeres!
E é também a sensação daqueles dedos a preencherem o nosso vazio ao mesmo tempo que nos contorcemos de prazer que nós, mulheres, guardamos. São os beijos na barriga, nas pernas e no pescoço que, mais tarde relembramos. É o momento e o tempo na bolha onde apenas existem dois corpos e uma alma. É um momento que parece maior que a eternidade do tempo, de um tempo que não tem tempo, que não tem segundos, que não tem minutos, que não tem horas, que se chama apenas tempo.
Fazer sexo é exactamente isto. É sentirmos que não temos órgãos e que o nosso sangue corre e fervilha dentro de nós por vários caminhos, sem qualquer rumo. É saber que nada mais existe para além daquelas duas pessoas, daquela cama, daqueles gemidos, daquelas respirações ofegantes e daquelas palavras. É sentir que não estamos sozinhas e que nos sentimos preenchidas. É não pensar, mas sim prazear seja por cima, por baixo ou de quatro. É poder, no fim, ouvir dizer que se morreu para a vida e abraçá-lo enquanto ele nos prende o braço e a mão nos braços e nas mãos dele, junto ao peito, e não nos deixa fugir.
sábado, março 14, 2009
Passar e Ficar
São 7 horas do dia-quase-noite e é alí, na plena baixa da Cova da Piedade que a vida acontece. Pastelarias, Cafés, Lojas de roupa, Centros Comerciais, pessoas, autocarros e carros…Tudo passa por ela e é alí que a vida acontece. É alí que acontecem os segundos, os minutos, as meia horas e as horas de um lanche de final de tarde. É alí que os casais de namorados aproveitam o único momento do dia que têm juntos. É alí que as senhoras de meia-idade se reunem para combinar a próxima colecta de dinheiro para a Paróquia e é, ainda alí, que quem vive sozinho nesta vida passa o tempo, sabendo que o Tempo passa, mas sem dar conta deste tempo que passa.
São 7 horas do dia-quase-noite e a Cova da Piedade é de todos os que lá passam, mesmo daqueles que, não querendo, não têm como não lá passar. E, depois de todos lá passarem, a Cova da Piedade continua ali, até ao dia seguinte, até às 7 horas do dia-quase-noite seguinte. A Cova da Piedade continua alí, até alguém passar por ela e apreciar o tempo do Tempo que lá passa.
Pessoas que passam e locais que ficam…
Tempos que passam e momentos que ficam…
As Pessoas são como o Tempo. Passam, num segundo, num minuto, numa hora, num dia, numa semana, num mês, num ano… Passam, por vezes, sem olharmos para elas, sem vermos que estão a passar. Os locais, esses são como os momentos. Ficam sempre e duram para sempre, mesmo quando as Pessoas e o Tempo já passaram…